Londres - A primeira-ministra britânica Theresa May insistiu nesta segunda-feira, que os cidadão europeus poderão continuar no Reino Unido após o Brexit, mas o seu plano, que lhes impõe trâmites rigorosos, foi descrito pela oposição como inconcreto e pouco generoso.
O governo May apresentou ao Parlamento um documento de 15 páginas com sua oferta, similar ao que esboçou aos líderes europeus na semana passada. Segundo o texto, os 3,2 milhões de europeus que vivem no Reino Unido precisarão obter um documento de residência e terão seus direitos garantidos por cortes britânicas, e não europeias, o que desagradou Bruxelas.
"Nenhum cidadão europeu que se encontre legalmente no Reino Unido será obrigado a ir embora. Queremos que eles fiquem", disse May. O plano prevê que os europeus residentes há mais de cinco anos no país tenham os mesmos direitos sociais de saúde, educação e pensão que os britânicos, segundo um novo estatuto acordado.
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Contudo, os europeu vão precisar passar por um complexo processo burocrático de regularização do qual estavam isentos. May prometeu que o Ministério do Interior está se esforçando para acelerar este trâmite.
"Todos os cidadãos da União Europeia e suas famílias no Reino Unido, não importa quando chegaram, terão que obter um status de imigração, segundo a lei britânica", diz o plano.
"Eles terão que solicitar ao Ministério do Interior uma permissão para ficar", afirma o texto, algo como um documento de residência.