Washington - Os Estados Unidos e a China criticaram nesta terça-feira o regime norte-coreano por conduzir um novo teste balístico nas águas do Mar do Japão, elevando as tensões na região a poucos dias da cúpula do G-20, na Alemanha.
No Twitter, o presidente Donald Trump disse que é difícil ver a Coreia do Sul e o Japão "aguentando a situação por muito mais tempo. "Esse cara (Kim Jong Un) não tem coisa melhor pra fazer? (...) Talvez a China se mexa sobre a Coreia do Norte e acabe com esse nonsense de uma vez por todas!", continuou.
North Korea has just launched another missile. Does this guy have anything better to do with his life? Hard to believe that South Korea.....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 4, 2017
....and Japan will put up with this much longer. Perhaps China will put a heavy move on North Korea and end this nonsense once and for all!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 4, 2017
Segundo a Casa Branca, Trump teria trazido a questão do programa nuclear de Pyongyang durante a conversa telefônica que teve no domingo com o presidente Xi Jingping. No dia seguinte, a mídia estatal chinesa relatou que Xi disse a Trump que "alguns fatores negativos" estão prejudicando a relação entre os EUA e a China.
Citando fontes anônimas, o New York Times relatou também que o presidente norte-americano teria dito ao premiê chinês que os EUA estavam prontos para agir unilateralmente contra o regime norte-coreano.
Nesta quinta, o porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, afirmou que o país estava coletando informações sobre o último teste balístico e que pedia à Pyongyang que "pare de tomar ações que violem as resoluções do Conselho de Segurança e que procure fornecer as condições necessárias para a retomada das conversas".
Geng também defendeu os esforços chineses para tentar resolver a questão da península coreana e lembrou que o papel da China é indispensável.
O teste balístico acontece no dia em que Xi Jinping é recebido pelo presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. Segundo o Kremlin, o encontro deve focar na economia e nas relações internacionais.