Por rodrigo.sampaio

Washington - Os Estados Unidos e a China criticaram nesta terça-feira o regime norte-coreano por conduzir um novo teste balístico nas águas do Mar do Japão, elevando as tensões na região a poucos dias da cúpula do G-20, na Alemanha.

Kim Jong-un assistiu ao lançamento de míssil balístico norte-coreano nesta segundaAFP

No Twitter, o presidente Donald Trump disse que é difícil ver a Coreia do Sul e o Japão "aguentando a situação por muito mais tempo. "Esse cara (Kim Jong Un) não tem coisa melhor pra fazer? (...) Talvez a China se mexa sobre a Coreia do Norte e acabe com esse nonsense de uma vez por todas!", continuou. 

Segundo a Casa Branca, Trump teria trazido a questão do programa nuclear de Pyongyang durante a conversa telefônica que teve no domingo com o presidente Xi Jingping. No dia seguinte, a mídia estatal chinesa relatou que Xi disse a Trump que "alguns fatores negativos" estão prejudicando a relação entre os EUA e a China.

Citando fontes anônimas, o New York Times relatou também que o presidente norte-americano teria dito ao premiê chinês que os EUA estavam prontos para agir unilateralmente contra o regime norte-coreano.

Nesta quinta, o porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, afirmou que o país estava coletando informações sobre o último teste balístico e que pedia à Pyongyang que "pare de tomar ações que violem as resoluções do Conselho de Segurança e que procure fornecer as condições necessárias para a retomada das conversas".

Geng também defendeu os esforços chineses para tentar resolver a questão da península coreana e lembrou que o papel da China é indispensável.

O teste balístico acontece no dia em que Xi Jinping é recebido pelo presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. Segundo o Kremlin, o encontro deve focar na economia e nas relações internacionais.

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