Washington - O Exército dos Estados Unidos matou nesta semana o novo líder do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Afeganistão, durante um bombardeio na província de Kunar, três meses após abater o seu antecessor, informou o Pentágono nesta sexta-feira.
Os Estados Unidos estão intensificando a sua luta contra o grupo extremista no país por medo de que o Afeganistão se converta eventualmente no novo reduto do EI, que está perdendo terreno no Iraque e na Síria.
"As forças armadas americanas mataram Abu Sayed", líder do EI-Khorasan, nome da célula local do grupo no Afeganistão, "em um bombardeio ao quartel-general do grupo na província de Kunar em 11 de julho", explicou a porta-voz do Pentágono, Dana White, em um comunicado.
O "ataque aéreo matou também outros membros do EI-Khorasan e alterará significativamente os objetivos do grupo terrorista de intensificar a sua presença no Afeganistão", acrescentou.
"Quando você mata o líder de um desses grupos, faz com que ele retroceda", disse à imprensa o chefe do Pentágono, Jim Mattis. "É, sem dúvida, uma vitória fazer com que eles retrocedam. É a direção certa".
Abu Sayed é o terceiro "emir" da organização extremista no Afeganistão a ser abatido por Washington e Cabul, depois de Hafiz Sayed Khan no ano passado e Abdul Hasib no fim de abril.
Naquele momento, porta-vozes do Exército americano disseram que a morte de Hasib "ajudaria a alcançar o objetivo de destruí-los [os membros do EI] em 2017". "Continuaremos até aniquilá-los", declarou o general John Nicholson, que lidera as forças americanas nesse país.
As forças afegãs e americanas lançaram uma ofensiva em março de 2017, destaca o Pentágono, para "enviar ao EI a mensagem clara de que não há santuário para os seus combatentes no Afeganistão".