São Paulo - O mandato do embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Sergey Kislyak, terminou neste final de semana. O anúncio foi feito pelo Twitter pela diplomacia russa e ocorre ao mesmo tempo em que se ampliam as investigações da relação do funcionário com membros da campanha presidencial de Donald Trump no ano passado
Em fevereiro, o primeiro conselheiro de Segurança Nacional do presidente Trump, Michael Flynn, saiu do governo após a revelação de ligações com Kislyak. Posteriormente, o procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, recusou-se de liderar as investigações sobre as supostas interferências russas na eleição de 2016 após a imprensa revelar que ele não havia divulgado encontros com o ex-embaixador russo durante a campanha.
Assim, as investigações independentes são chefiadas pelo ex-diretor do FBI Robert Mueller. Ele prometeu na semana passada analisar uma ampla gama de transações envolvendo negócios de Trump, assim como de seus associados, com a Rússia. Há a suspeita de que assessores do republicano negociaram o vazamento de informações para prejudicar a campanha democrata de Hillary Clinton no ano passado.
O cargo de embaixador será ocupado interinamente por Denis Vladimirovich Gonchar, vice-chefe da missão de Moscou nos Estados Unidos. O vice-ministro russo de Relações Exteriores, Anatoly Antonov, considerado militar de linha-dura, foi designado para o mandato em Washington, mas ainda não há data marcada para ele assumir.