Por lucas.cardoso

Seul - O presidente norte-coreano, Kim Jong-un, prometeu novos lançamentos de mísseis sobre o Japão e garantiu que o tiro de terça-feira — condenado pela ONU por unanimidade — é apenas o início.

O lançamento acima do arquipélago nipônico de um Hwasong-12 de alcance médio representa uma nova escalada na crise norte-coreana, um mês depois de Pyongyang ter lançado dois mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) com potencial para alcançar boa parte do continente americano.

Projétil de médio alcance lançado pela Coreia do Norte nesta terça é o primeiro teste intercontinental do paísAFP

Naquele momento, o presidente americano, Donald Trump, ameaçou a Coreia do Norte com uma chuva de "fogo e fúria". Pyongyang rebateu, prometendo uma salva de mísseis próximo a Guam, um território americano do Pacífico, onde vivem 6.000 soldados dos EUA e que abriga instalações estratégicas.

Nesta quarta-feira, Trump afirmou que discutir com a Coreia do Norte "não é a solução", dando a entender, em um tuíte ambíguo, que a busca por uma solução diplomática com o regime de Pyongyang está condenada ao fracasso.

"Os Estados Unidos estão conversando com a Coreia do Norte, e pagando dinheiro de extorsão, há 25 anos. Conversar não é a solução", tuitou o presidente.

Mas seu secretário de Defesa, Jim Mattis, declarou que ainda há lugar para a diplomacia com a Coreia do Norte. "Nunca descartamos as soluções diplomáticas", disse ao iniciar uma reunião com seu colega da Coreia do Sul, Song Young-moo.

"Continuamos trabalhando juntos e o ministro e eu compartilhamos a responsabilidade de garantir a proteção de nossas nações, nossos cidadãos e nossos interesses", garantiu.

O Conselho de Segurança da ONU, que impôs recentemente uma sétima série de sanções a Pyongyang, condenou "firmemente" o lançamento do míssil norte-coreano.

Pequim e Moscou, dois aliados-chave de Pyongyang, apoiaram o texto, que não preveem um reforço imediato nas sanções contra a Coreia do Norte.

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