Shihan, título dado a mestres com graduação elevada, mede 1,59m e usou a baixa estatura para mostrar que no caratê, o primeiro objetivo é vencer a si mesmoMateus Carvalho / PMN
Penna foi convidado pelo shihan e amigo Gessé Cintra, diretor da instituição, para dar uma palestra aos caratecas. Assim como Gessé, pratica o Karate-do (caratê mãos vazias), e são amigos há 40 anos. Ao final do encontro, Penna recebeu o diploma de 9º Dan. Até o 6º Dan, os esportistas são submetidos a provas, mas depois eles são agraciados. A última graduação desta arte marcial é o 10º Dan.
Além do Karate-do, Penna também é mestre no Goju-ryu. Ele e Cintra foram alunos do sensei Teruo Furusho. Primeiro presidente e fundador do Yudasha Karate-do International Federation Brasil, Silvio Penna afirmou que os atletas que frequentam as aulas de caratê na Casa da Luta devem sair da condição de alunos e passarem a ser discípulos do mestre Cintra.
"Vocês têm que suportar o treinamento físico, não fazer perguntas, ter proatividade. Vamos começar trocando a palavra treino por prática, porque é a prática que leva à perfeição. A maior vitória que se pode ter é vencer a si mesmo", garantiu o shihan, acrescentando que o Karate-do é intenso, é para sempre. Todos os participantes e o público sentado na arquibancada ouviam sua palestra com atenção.
“Kansho hanshi Silvio Penna é um patrimônio vivo, histórico do caratê brasileiro. Quem não conhece Silvio Penna, certamente desconhece a própria essência do caratê no Brasil. Ele, juntamente com kansho hanshi Gessé são referências da nossa arte marcial. O caratê brasileiro deve muito a eles”, afirmou, convicto, Igor Otávio, 4º Dan Karate do Shotokan, pela Yudansha Brasil, discípulo do mestre Gessé Cintra.
Igor Otávio tem o próprio Dojo (local de ensino da arte marcial) e alunos. “Mas a Casa da Luta é onde eu busco aprendizado e conhecimento através dos treinos”, garantiu com humildade.
Caratê
O caratê é a arte marcial japonesa com ênfase em socos e chutes. Significa mãos vazias e consiste em resolver a luta com o mínimo de golpes e da forma mais rápida possível, mantendo-se em pé e afastado dos seus adversários. Costuma-se chamar de arte de um golpe só.
Devido à natureza traumática e rápida dos golpes, é treinado em grande parte de forma individual, com repetição de exercícios e formas pré-definidas, chamadas de Kata.
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