A atividade faz parte do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e colo do úteroMateus Carvalho / PMN
"A ideia é mostrar o poder da autoestima na vida da mulher, seja na saúde emocional, física ou mental", explicou Rachel Baptista, moradora de Nilópolis que já esteve no local anteriormente para falar sobre a importância da inteligência emocional na vida da mulher. Por sua vez, a superintendente dos Direitos da Mulher, professora Nilcea Cardoso, salientou que a autoestima tem ligação direta com o autocuidado. " Buscamos aqui ser um ponto de apoio às mulheres para que possam enfrentar seus problemas, inclusive enfermidades como o câncer de mama ou o de útero".
A professora Nilcea Cardoso contou que duas funcionárias atualmente tratam a doença no Instituto Nacional do Câncer (INCA) e têm acompanhamento psicológico e social na Casa da Mulher. " As mulheres que estão do lado de fora, muitas vezes, não têm acesso às informações que nossas participantes têm", ressaltou, lembrando que promovem campanhas para arrecadar latas de leite e entregam no Hospital Mário Kroeff, na Penha, instituição filantrópica onde há especialistas em mastologia, ginecologia, oncologia, e especialistas em tratamento de cabeça e pescoço.
A terapeuta Rachel Baptista disse que a autoestima é construída na infância e, após contar sobre suas experiências pessoas que dificultaram a valorização de sua história de vida, pediu que o público, que contava com cerca de 30 mulheres, fizessem um exercício de relaxamento. Ela pôs uma música para tocar, orientou a plateia e, após, solicitou que escrevessem em uma folha de papel o que atrapalhou a visão de si mesma como um ser com qualidades e contente com seu modo de ser, de se expressar e viver.
Moradora do bairro Nossa Senhora de Fátima, em Nilópolis, aluna das aulas de trança, a dona de casa Rogéria Moura, 55 anos, admitiu que o assédio dos homens mais velhos, muitos já casados, quando ainda era uma garotinha, dificultou que começasse a se relacionar sexualmente com alguém. " Botei na minha cabeça que todos os homens que se aproximavam de mim só iriam querer me usar", lembrou Rogério, atualmente casada e com uma filha.
Quem quiser participar das aulas disponibilizadas pela Casa da Mulher Nilopolitana deve procurar o local levando os seguintes documentos: uma foto 3x 4, cópia da identidade, cópia do título de eleitor, cópia do comprovante de vacina e uma cópia do comprovante de residência. Na instituição há também acompanhamento psicológico, assistente social e advogada para tirar dúvidas e encaminhar quem é vítima de violência doméstica. Mais informações pelo telefone 2691-6887.
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