Projeto Aruanã: Niterói é lider em registros de tartarugas marinhasDivulgação/Ascom
Os dados são fruto de uma campanha de Ciência Cidadã do Projeto Aruanã, que conta com a parceria da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O objetivo é incentivar a comunidade a registrar em imagens ou vídeos qualquer encontro com estes animais, estando eles vivos ou mortos, e enviar as informações à equipe do projeto atravésdas redes sociais, site institucional ou número de celular
Outro objetivo do programa é abastecer um banco de dados científicos georreferenciado do Projeto Aruanã sobre as tartarugas marinhas na região da Baía de Guanabara e águas costeiras adjacentes. Além da captação da imagem da tartaruga, também são fundamentai as informações sobre o local, data e horário onde o registro foi feito, tamanho aproximado do animal, presença ou não de alguma marca aparente ou doença, como a fibropapilomatose.
Através das informações obtidas pelo Programa de Ciência Cidadã, o projeto visa mapear as áreas de ocorrência e concentração das espécies, utilização de habitat, além de avaliar as condições de saúde e de possíveis ameaças às tartarugas marinhas.
Imagens de filhotes de tartarugas-cabeçudas
A diferença entre o total de registros e o de indivíduos deve-se, principalmente, às imagens recebidas de 70 filhotes de tartarugas-cabeçudas (Caretta caretta) que eclodiram de seus ovos em uma praia de Rio das Ostras, em fevereiro de 2023. Assim, em um único registro, dezenas de tartaruguinhas foram contabilizadas. Do total de 439 tartarugas registradas, 57,6% eram animais vivos, sendo que neste grupo, 2,5% estavam debilitados e foram encaminhados para reabilitação. Já os indivíduos mortos somaram 42,4%. As cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil foram reportadas nas imagens enviadas pela comunidade, com predomínio de juvenis de Chelonia mydas, popularmente conhecida como tartaruga-verde ou tartaruga-aruanã, tendo sido documentada em 72% dos registros.
Niterói é lider nos registros de tartarugas marinhas
Os registros contabilizados pelo Projeto Aruanã foram feitos em 19 municípios de 5 estados brasileiros, sendo 14 cidades do Rio de Janeiro (96,4%), 4 de Pernambuco (1,3%), 2 da Bahia (0,7%), 1 do Espírito Santo (0,3%) e 1 de Santa Catarina (0,3%), além de 3 registros sem informação quanto à localização (1%). A maioria dos registros concentrou-se em Niterói (55%) e no Rio de Janeiro (18,5%). O grande predomínio de registros em Niterói é um reflexo do histórico de atuação do Projeto Aruanã no município fluminense.
Além disso, foi possível verificar, com base na análise das imagens recebidas, 29 casos de interação evidente com pesca, 24 registros de fibropapilomatose, 12 registros de possível colisão com embarcação e/ou interação com hélice, 11 casos de interação evidente com lixo e 4 registros de amputação e/ou perda de mobilidade de nadadeira.
Sobre o Projeto Aruanã
O Projeto Aruanã é um projeto dedicado à conservação das tartarugas marinhas da Baía de Guanabara e regiões costeiras adjacentes. Por meio da realização de pesquisas científicas e ações de sensibilização social, promove a participação da sociedade civil na proteção dos ambientes marinhos costeiros. Desde sua origem, busca atuar de forma colaborativa, em parceria com pescadores e diversas instituições para a promoção de ações decisivas no fomento de políticas públicas. A partir de 2022, o Projeto Aruanã passou a contar também com a parceria da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
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