Agentes do Meio Ambiente: resgate de mais de 2.500 animais silvestre em 2023 Divulgação/Ascom
Durante o ano de 2024, a Guarda Ambiental pretende reforçar ações e trabalhos de educação ambiental com crianças: os pequenos são multiplicadores de boas práticas ambientais e levam o que aprendem para famílias e comunidades.
“Niterói tem uma extensa área verde protegida. O trabalho de nossa equipe é muito gratificante pois sabemos que estamos fazendo o melhor pelo nosso ecossistema. O trabalho de educação ambiental com as crianças não tem preço. Os olhos brilham e deixamos que se aproximem dos animais com toda a segurança. Elas saem das apresentações com a certeza de que devem preservar a natureza. Os guardas ambientais têm cursos de especialização e estão preparados para todos os tipos de resgate de animais. Quando resgatamos, por exemplo, filhotes de gambás ou pássaros, os alimentamos até com mamadeiras. Não importa o tamanho ou espécie, o carinho com que são tratados é o mesmo”, explica o subinspetor da Guarda, Renato Macedo, responsável pela Coordenadoria.
Dentre as espécies resgatadas pelo grupamento em 2023 estão gambás, corujas, morcegos, lagartos, capivaras, gaviões, pássaros diversos e as temidas cobras. Quando são peçonhentas, as cobras são encaminhadas para institutos especializados e, quando não possuem veneno, voltam para seu habitat natural em unidades de conservação.
Esses animais são capazes de entrar nas casas e já foram encontrados em locais como fendas de prédios, estantes dentro de casas, debaixo de pias de cozinha, em capôs de carros, forros de imóveis e beira de piscinas.
“Além do resgate desses animais, nos últimos dois meses os guardas ambientais da Prefeitura apreenderam e fizeram a soltura dos caranguejos da espécie Uçá, que seriam comercializados ilegalmente. Os crustáceos foram soltos no manguezal de Itaipu, no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), na Região Oceânica. Conforme a portaria do Ibama N-52, de 30/09/2003, o período de defeso inicia em 1º de outubro e segue até 30 de novembro para machos e fêmeas, e de 1º a 31 de dezembro para as fêmeas, no estado do Rio de Janeiro. Somente animais congelados inteiros podem ser comercializados, com a apresentação da declaração de estoque emitida pelas autoridades competentes.
O caranguejo-uçá tem um importante papel na natureza. Ele é conhecido como o jardineiro do mangue porque tritura as folhas, ajudando na sua decomposição por fungos e bactérias. Isso gera nutrientes para o solo, a água e a vegetação, e colabora para a manutenção do ecossistema dos manguezais.
Agentes treinados para fiscalização e combate a incêndios
“A população está mais consciente de que deve preservar o meio ambiente e conhece o trabalho da Coordenadoria de Meio Ambiente. Por isso houve o aumento de ligações para o Cisp. Contamos com a ajuda da população para continuarmos a proteger os animais silvestres”, destaca o subinspetor Renato Macedo.
A Guarda tem um procedimento para cada tipo de demanda. Após serem acionados, os agentes capturam o animal que, logo em seguida tem suas condições físicas avaliadas pela equipe. Caso não apresente nenhum tipo de ferimento, o animal é reintegrado à unidade de conservação mais próxima.
Os animais que são resgatados e apresentam algum tipo de ferimento são encaminhados para instituições como o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), que fica em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio; Econservation, empresa de estudos e projetos ambientais; o Centro de Triagens de Animais Silvestres (Cetas), em Seropédica; ou Instituto Vital Brazil quando é o caso de cobra venenosa.
Além do resgate de animais silvestres, os guardas ambientais atuam em apoio e combate ao fogo em vegetação em áreas de proteção como o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit). Para esse tipo de trabalho, eles contam com equipamentos especiais disponibilizados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Sustentabilidade. Entre eles estão: bomba costal anti-incêndio de 20 litros; pás profissionais de bico de fibra de vidro; lanterna de cabeça recarregável; luvas que resistem a altas temperaturas; abafadores para ações emergenciais até a chegada do Corpo de Bombeiros; e gaiolas para acondicionamento e transporte de animais silvestres.
As diligências ambientais tiveram o objetivo de verificar se havia algum tipo de devastação em áreas de Mata Atlântica ou invasões em áreas de preservação ambiental. Nesses casos, quando constatam algum tipo de irregularidade, os agentes emitem notificação para cessar a infração e processos são instaurados para averiguações de diversos órgãos públicos.
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