Excursões na enseada de Jurujuba: projeto do Inventário da Biodiversidade Faunística Duda Menegassi/Ascom
O projeto da Prefeitura, que tem supervisão técnica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade e apoio da Secretaria Municipal de Educação, será realizado por equipes de profissionais – entre eles biólogos e geógrafos – do Instituto Moleque Mateiro de Educação Ambiental.
“Estamos entrando em uma nova fase do Inventário Faunístico, que é a campanha de educação ambiental, e as crianças poderão participar indo à campo, conhecendo de perto os animais. É uma forma de ensinar para as crianças, que são nosso futuro, a importância de preservar o seu ecossistema. As crianças são multiplicadoras e vão levar esse conhecimento para suas comunidades e familiares”, explica o secretário municipal de Meio Ambiente, Rafael Robertson.
Sobre o Inventário, Robertson destaca que o projeto agora está concentrado na avaliação do processo de recuperação do ecossistema. “Este diagnóstico e a realização de um inventário faunístico do local são de extrema importância. Participamos de um edital com o fundo, fomos selecionados e agora estamos nesse momento de iniciar os trabalhos de campo”, conclui.
A Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, está realizando as atividades de campo do projeto de Inventário da Biodiversidade Faunística da Bacia Hidrográfica Contribuinte à Enseada de Jurujuba. O projeto tem investimento de R$ 1,8 milhão do governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como objetivo produzir um catálogo de espécies animais de seis bairros que formam a Enseada de Jurujuba, promovendo educação ambiental e conhecimento da biodiversidade local, e tem como parceiros que vão ajudar a desenvolver o projeto o Instituto Moleque Mateiro e a Piper 3D.
O secretário explica que as oficinas de ciência a bordo promoverão conversas e observações da fauna marítima do entorno; debates sobre fenômenos da natureza, como a alta e baixa das marés e as mudanças de direcionamento do vento; apresentação de instrumentos utilizados para estas análises, como o anemômetro, para medir a velocidade do vento, e a luneta, para visualização de elementos da natureza à distância; além de aulas de produção de fotografias e produção de vídeos com foco na fauna e flora do roteiro educativo.
“A Baía de Guanabara, a qual a Enseada de Jurujuba faz parte, já sofreu anos de descaso com impactos ecológicos muito ruins e, por isso, se criou uma imagem muito negativa da região. Este projeto é muito importante para mostrar para a comunidade local, através da vivência das crianças, que existem muitas riquezas ambientais por ali, e como é essencial conhecer e preservar o local em que vivem. Assim, pretendemos contribuir para a construção de uma relação mais saudável e mais sustentável dos moradores locais com a enseada e toda a biodiversidade que se encontra naquele habitat”, explica Lucia Jaber, responsável técnica do Instituto Moleque Mateiro (IMM) e gestora executiva do projeto.
Serão realizadas, ao longo deste ano, 24 saídas a campo com grupos de 25 alunos em cada expedição, acompanhados de professores e assistentes das escolas. Os participantes poderão avistar, ao longo do trajeto, o Morro do Morcego, uma área de grande interesse ecológico na região da enseada; as Praias de Adão e Eva, propícias para o avistamento de fauna marinha; o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) e a Igreja de Nossa Senhora de Boa Viagem, locais de interesse histórico e cultural para a cidade de Niterói; e a área de Maricultura de Jurujuba, onde se cultiva mariscos na região.
A cada etapa de oito visitas pedagógicas embarcadas os estudantes irão produzir, junto com a equipe do IMM, uma exposição a ser realizada em local público com material fotográfico e audiovisual desenvolvido durante as oficinas a bordo, para apreciação de todos da comunidade.
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