Viradouro: desenvolvimento e inclusãoAlex Ramos/Ascom
“Esse não foi um trabalho simples, tivemos várias frentes de obras e vale a pena conhecer o que foi feito aqui em cada uma. Em cada um desses acessos, escadas, vias internas, a implantação de espaços de convívio. A Prefeitura implantou programas comunitários, apoiou as lideranças comunitárias locais, realizou melhorias do urbanismo, da infraestrutura, da qualidade de vida. Acima de tudo, esse é um projeto que traz reforça à dignidade de quem mora nessas comunidades”, explica o prefeito de Niterói, Axel Grael.
Além da reforma, o projeto também incluiu a construção de novas praças e espaços de convivência. O Campo dos Padres, um dos pontos de lazer mais frequentados da região, passou por uma revitalização completa, com a instalação de um gramado sintético e a criação de um pequeno painel de grafite, que serve como uma homenagem à história da comunidade local.
As obras no Viradouro e União foram realizadas dentro Pacto do Niterói contra a Violência, uma política pública de segurança e de prevenção à violência, através do estímulo e do fortalecimento da cultura da paz, da valorização da vida, do potencial do ser humano e da participação conjunta do poder público e da sociedade civil.
“Os investimentos no Viradouro e União fazem parte desta política pública municipal de cidadania, de melhoria da qualidade de vida, de valorização da dignidade da pessoa humana, que é o grande projeto de inclusão social do governo, que começou em 2018. Além da obra, temos projetos importantes acontecendo no Viradouro. Cerca de 50 crianças da comunidade participam do Território da Juventude, elas fazem curso de fotografia e estão trabalhando na produção de um documentário sobre a comunidade. Eles recebem 750 moedas arariboias, fazem um censo com moradores, são orientados por uma historiadora e por toda a equipe da Secretaria de Assistência Social, e a partir daí eles fazem os documentários”, explica Graça Raphael, coordenadora do Programa Pacto Niterói contra a Violência.
Morador do Viradouro, Diego José Martins, de 26 anos, trabalha no projeto Território da Juventude. “Eu sou orientador social do projeto, trabalho com a comunidade, a equipe, os jovens. Todos eles têm um desenvolvimento melhor, uma melhor comunicação, a partir das atividades. Todos nós, moradores, temos que valorizar as obras e os programas de inclusão social, que fazem a diferença na vida das pessoas. O Viradouro é grande, tem história e cultura”, disse Diego.
Já estão previstas obras de urbanização em mais sete comunidades de Niterói, somando mais de R$ 174 milhões em investimentos. Serão obras nas comunidades: Maceió; Souza Soares; Caranguejo, Barreira e Monan; Papagaio; Mineirinho; Caniçal; e Bonsucesso.
Plataforma Urbana Digital
“A Plataforma Digital vai incentivar a popularização da ciência para crianças, jovens, adultos e idosos. Nosso objetivo não é somente o letramento digital, não é somente como mexer no computador, mas também como interagir com a cidade, como ver seus benefícios, como participar da vida da cidade. E, além disso, a profissionalização. Vão ter vários cursos profissionalizantes gratuitos para a área tecnológica”, afirma a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Niterói, Valéria Braga.
Rodrigo Silva Lopes tem 38 anos e é nascido e criado na comunidade da Viradouro, onde mora com os quatro filhos. Dono de uma lanchonete na entrada da comunidade, que conseguiu montar juntando dinheiro como guardador de carros. “É muito surpreendente a mudança que está acontecendo aqui. Eu trabalho muito para dar uma vida melhor para minha família. Agora vejo essas entregas da Prefeitura, meus filhos vão ter a oportunidade de estudar e fazer cursos na área digital, do lado de casa, gratuitamente. Meu sobrinho conseguiu um trabalho aqui mesmo na comunidade, vai dar aulas de tênis. Isso sem contar as obras de contenção, que dão mais tranquilidade para quem mora aqui. Só posso agradecer e dizer que todos estão de parabéns. Temos muito o que agradecer”, disse Rodrigo.
Antônio Júlio Honorato é presidente da Associação de Moradores da Viradouro, que inclui as comunidades da Garganta, União, Cruz e Papagaio. Só nesses locais estão cadastrados cerca de 7.650 moradores no Programa Médico de Família. “Nossas crianças vão ter espaço para esporte, para estudar. Vamos viver uma outra realidade. Melhora a nossa autoestima, nós sentimos que temos dignidade com essas obras”, disse o presidente da associação.
Também participaram do evento os secretários Bira Marques (Educação), Rubens Goulart (Esporte), Anamaria Schneider (Saúde) e Elton Teixeira (Assistência Social e Economia Solidária).
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