A lei busca melhorar a qualidade de vida das mães atípicas, considerando suas dimensões emocionais, físicas, culturais, sociais e familiaresBruno Eduardo Alves

Niterói – O prefeito de Niterói, Axel Grael, sancionou, nesta sexta-feira (7), a lei que institui a Política Municipal de Atenção à Mãe Atípica “Niterói Cuida de Quem Cuida". A nova legislação define diretrizes e ações para atender a mães que têm filhos e filhas com deficiência, síndromes, transtornos, doenças raras, TDAH, dislexia, entre outros cuidados.
Entre outros objetivos, a lei busca melhorar a qualidade de vida das mães atípicas, considerando as dimensões emocionais, físicas, culturais, sociais e familiares; estimular a ampliação de políticas públicas adequadas para preservar a integridade da saúde mental materna com o apoio ao acesso a serviços psicológicos, terapêuticos e assistenciais; e desenvolver ações de bem-estar e de autocuidado como rotina, para prevenir e reduzir sintomas de transtorno psíquico, comuns em pessoas que vivenciam situações desafiadoras diárias.

O prefeito Axel Grael reforçou que a nova lei vai atender às necessidades das mães atípicas. “São mães que enfrentam o desafio de cuidar dos filhos que têm algum tipo de necessidade em termos psicológicos. Preparamos uma estratégia de cuidar de quem cuida. Essa é uma iniciativa que já estava no radar da Secretaria de Saúde e agora a gente vai avançar ainda mais. Foi muito positiva a conversa com as mães porque elas trouxeram demandas importantes”, destacou Axel Grael.

A secretária municipal de Saúde, Anamaria Schneider, afirmou que o próximo passo é a formação de um grupo de trabalho que vai ouvir as demandas das mães atípicas e, em seguida, definir um plano de ações específicas. “A gente tem uma lei, um marco legal que é uma conquista das mães atípicas. Nós agora vamos sentar e, com elas, um plano de cuidado. O grupo de trabalho é para ouvirmos as mães, ver que demandas elas trazem para a gente elaborar um plano de ação. Vamos trabalhar em conjunto para minimizar as dificuldades delas. Vamos ter um plano operacional com ações para fortalecer a rede de cuidado com as mães atípicas”, explicou a secretária de Saúde.

O diretor-geral da Fundação Estatal de Saúde de Niterói (FeSaúde), Pedro Lima, ressaltou que a Prefeitura de Niterói já vem trabalhando na consolidação de uma rede integrada de atenção. “São vários equipamentos que integram essa linha de cuidados. Essa preocupação com as mães atípicas vai fazer a gente reforçar as nossas equipes e expandir as nossas ações”, afirmou Pedro Lima.

A professora de Educação Física Marcela Siqueira, de 38 anos, é mãe atípica e criou um projeto que dá suporte a outras mulheres com filhos com necessidades específicas. Ela acredita que a nova lei vai dar ótimos frutos. “A expectativa é muito boa. Sou mãe atípica e preciso de uma rede de apoio. Mas também quero ajudar outras mulheres nesta situação a terem melhores condições de vida. É preciso cuidar bem da mãe atípica para que ela consiga cuidar bem do filho”, concluiu Marcela Siqueira.