Brasília - Em nota divulgada nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou que o ministro Joaquim Barbosa tenha tratado a presidenta Dilma Rousseff com 'descortesia' durante a cerimônia de recepção do Papa Francisco, na segunda-feira, no Palácio Guanabara no Rio de Janeiro. A nota foi divulgada pela Secretaria de Comunicação Social do STF e esclarece o fato de Barbosa ter cumprimentado apenas o Papa, deixando Dilma sem um aperto de mãos.
"O Ministro repudia interpretação de que teria sido deselegante com a Presidente", afirma o comunicado. No decorrer da nota, o Supremo explica que Barbosa e Dilma têm um "relacionamento institucional de alto nível".
O comunicado ainda diz que o ministro teria se encontrado com a presidenta em uma sala privativa antes do Papa chegar. Depois, eles teriam ido juntos à cerimônia.
"Por ocasião dos cumprimentos, o Ministro apertou respeitosamente a mão do Santo Padre, e trocou discreto sorriso com a Presidente. Isso porque avaliou não ser necessário novo cumprimento protocolar, uma vez que isso já havia ocorrido por ocasião de sua chegada ao Palácio (Guanabara)", finalizou o Supremo.
Veja nota na íntegra:
"Nota sobre a cerimônia de recepção ao Papa Francisco
Causou grande surpresa ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim Barbosa, a divulgação de suposta descortesia dele com a Presidente da República, Dilma Rousseff, por ocasião da cerimônia com o Papa Francisco no Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Com base em imagens de TV captadas a partir de determinado ângulo, foram criadas versões sobre o comportamento do Ministro que não encontram amparo na realidade. O Ministro repudia interpretação de que teria sido deselegante com a Presidente e ratifica seu respeito pelos Poderes constituídos.
Na condição de Presidente do STF, o Ministro Joaquim Barbosa tem mantido relacionamento institucional de alto nivel com a Presidente Dilma. Em um espaço de dois meses, foram realizadas duas audiências no Palácio do Planalto, sendo a primeira convocada pela Presidente da República e a segunda solicitada pelo Presidente do Supremo. Nesses encontros foram discutidos temas de grande relevância para a vida do País. Em uma dessas ocasiões, foi feito o convite para que o Presidente do STF comparecesse à cerimônia de recepção ao Papa Francisco, convite que foi prontamente aceito.
No dia da cerimônia, logo ao chegar ao Palácio da Guanabara, o Ministro Joaquim Barbosa depois de cumprimentar outras autoridades presentes, foi convidado a dirigir-se à sala privativa onde se encontrava a Presidente, o Governador Sérgio Cabral, além dos Presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Alves. Permaneceu lá por mais de uma hora. Depois, dirigiu-se junto com as demais autoridades até o local que lhes fora destinado na cerimônia.
Por ocasião dos cumprimentos, o Ministro apertou respeitosamente a mão do Santo Padre, e trocou discreto sorriso com a Presidente. Isso porque avaliou não ser necessário novo cumprimento protocolar, uma vez que isso já havia ocorrido por ocasião de sua chegada ao Palácio.
Secretaria de Comunicação Social do STF"