Rio - Nove grandes empresas foram alvo de uma nova fase da operação Lava Jato da Polícia Federal nesta sexta-feira. Segundo a PF, as companhias têm R$ 59 bilhões em contratos com a Petrobras, sendo que boa parte deles está sob investigação do órgão e da Receita Federal e Ministério Público Federal. As informações foram divulgadas nesta manhã pelos investigadores em entrevista coletiva em Curitiba.
Na manhã desta sexta-feira, foram presos o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, e mais 17 suspeitos de envolvimento em um mega esquema de lavagem de dinheiro, que, segundo a PF, movimentou cerca de R$ 10 bilhões. As empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na estatal são a Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior.
Todos os investigados na operação que não foram encontrados estão proibidos de deixar o país. Com mandados de prisão preventiva, eles estão ainda incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol, entre eles, o lobista Fernando Baiano, citado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.
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Segundo a PF, "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso também foram detidos. Nesta quinta-feira, a Petrobras se viu forçada a adiar a divulgação de seu resultado do terceiro trimestre em meio às denúncias envolvendo a empresa.
Ainda de acordo com a PF, os executivos das empreiteiras presos hoje participaram diretamente da celebração de contratos com a Petrobras. Outros alvos da operação tiveram participação secundária ou atuaram no transporte de recursos obtidos de forma ilícita para doleiros, que posteriormente faziam a lavagem.
Na sétima fase da Operação Lava Jato, 300 policiais federais, com apoio de 50 servidores da Receita Federal, cumprem 85 mandados judiciais. No Rio de Janeiro foram cumpridos 11 mandados de busca, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.
Também foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi autorizado ainda o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas referentes a um dos operadores do esquema.
Com informações da Agência Brasil e Reuters