Rio - O PT vai reivindicar a presidência ou a relatoria da nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias de fraudes nas licitações de contratos da Petrobras, disse nesta quarta-feira o líder do partido na Câmara, deputado Sibá Machado (AC). A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara confirmou 182 assinaturas das 171 necessárias para a CPI nesta quarta-feira.
Sibá ressaltou que a escolha é uma prerrogativa do partido que tem maior bancada na Câmara, no caso o PT que conta com 69 deputados. “Não vale, nesses casos, a formação de blocos. O que vale aqui são os tamanhos das bancadas”. A maior vai reivindicar a relatoria ou a presidência. Nesse caso, é direito nosso e nós vamos reivindicar”, destacou o líder ao sair de reunião da bancada do PT. O deputado foi confirmado nesta quarta como novo líder do partido na Câmara.
O próximo passo para a instalação da CPI é a leitura do requerimento no plenário pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em seguida, os líderes partidários terão o prazo de até cinco sessões ordinárias para apresentar os nomes dos integrantes da comissão, como prevê o Regimento da Câmara.
Se algum partido deixar de indicar os seus integrantes para a comissão, caberá a Eduardo Cunha fazê-la. Sem definir uma data, Cunha já avisou que fará o que prevê o regimento e determinará a instalação da CPI.
Reforma política e críticas
Sibá Machado também criticou a aprovação da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/13, que trata da reforma política e eleitoral, promovida por Cunha. Com a aprovação da admissibilidade, foi criada uma comissão especial para analisar a proposta de reforma política. Segundo o petista, o presidente da Câmara está indo rápido demais no debate. “Temos um presidente na Casa que botou uma peça de chumbo na sola do sapato, querendo acelerar o máximo dentro daquilo que ele entende ser o melhor”, disse.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assinou nesta quarta-feira ato criando uma comissão especial destinada a discutir e analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/13, que trata da reforma política e eleitoral. A comissão será composta de 34 deputados titulares e igual número de suplentes e terá até 40 sessões da Câmara para apresentar e votar um parecer sobre a reforma política, que será votado pelos deputados em plenário.
A comissão especial deverá ser instalada na terça-feira (10) da próxima semana, quando serão eleitos o presidente e os vices e designado o relator da matéria. O presidente da Câmara já está comunicando oficialmente os líderes partidários para que indiquem os representantes de seus partidos para a formação da comissão, que será composta de acordo com a regra da proporcionalidade partidária ou dos blocos.
Saiba: Deputados conseguem assinaturas para instalação de nova CPI da Petrobras
Com informações da Agência Brasil