Brasília - O governo iniciou a semana em ofensiva para tentar unir a base no Senado e na Câmara. Além da equipe econômica, que se dedicou a explicar e negociar com o PMDB o apoio às medidas fiscais lançadas pelo governo, em um jantar organizado pelo vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, na segunda-feira, o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, amanheceu a terça-feira em café da manhã com líderes do Senado e almoço com líderes da Câmara.
A ofensiva continua amanhã, em café da manhã com todos os líderes das duas Casas, no entanto, logo após o primeiro encontro com senadores, o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, já deu sinais de que a missão de promover a coesão na base é considerada quase impossível.

“É só o início de um trabalho”, repetiu Pepe. “Não havia ali objetivo de a gente achar que todo mundo sai convencido em cima das propostas. Agora é que o debate realmente vai começar”, considerou o ministro, que encarou a reunião como um pontapé na relação com o Congresso.
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“Trata-se da primeira rodada de intervenções. Inauguraremos a partir destas primeiras reuniões com bancadas ou blocos partidários”, explicou o ministro, ao sair do café da manhã com senadores.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), foi o único líder a não comparecer ao ,encontro. Por parte do governo, participam da série de reuniões os ministros da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, do Planejamento, Nelson Barbosa, e do Trabalho, Manoel Dias, todos envolvidos com as explicações do pacote fiscal que a presidente Dilma Rousseff quer aprovar no Congresso e que já conta com mais de 700 emendas.
Reportagem de Luciana Lima, do iG Brasília.