Por clarissa.sardenberg

São Paulo - Luiz Carlos Romani, engenheiro civil, de 59 anos, foi à Avenida Paulista na tarde desta sexta-feira para acompanhar o protesto marcado pelo grupo Revoltados On Line, que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ele estava chateado pela ausência do grupo anti-Dilma, que até às 16h30 não havia comparecido ao local. "Vim ver os revoltosos. Queria ver esse 'esquenta' para o protesto de domingo e ver como seria o confronto entre eles e esse pessoal da CUT", disse.

Romani se abrigou sob um toldo de uma loja do McDonald's e se dizia incomformado com o tamanho do protest da CUT sob temporal. "Mas acho que eles foram inteligentes. Não teria como eles baterem de frente com esse tanto de gente", declarou.

Luiz Carlos Romani se disse frustrado com falta de ação de manifestantes contra DilmaDavid Shalom/iG São Paulo

O ato foi agendado para às 15h, no mesmo horário e local em que acontece a manifestação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas, até às 16h30, o grupo não tinha começado a se movimentar.

 A expectativa é que o protesto do próximo domingo seja maior. "No domingo estarei aqui. Acho que vai estar lotado também. Mas, claro, CUT e MST são profissionais em protestos. Espero que os superemos."

Vídeo de Aécio

Apesar de ter decidido não participar dos protestos contra Dilma no próximo domingo, o senador Aécio Neves (MG) fez um vídeo de incentivo aos manifestantes para "defender a democracia".

"A rua é do povo, como o céu é do avião. Portanto, pegue seus amigos, reúna sua família, e vá para a rua defender a democracia, vá para a rua defender o Brasil", declarou Aécio adaptando uma música de Caetano Veloso. A frase levanta polêmica pois relembra o caso do uso de aeroportos pelo senador, em Minas Gerais.

O engenheiro diz que votou no tucano Aécio Neves por falta de opção e criticou o MST por vir ao ato. "Doze anos de PT e eles ainda nao têm terra pra viver? Tem algo errado em continuarem defendendo o governo."

Romani estava presente, em 1992, nos atos que pediram o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. "Me lembro bem que em 1992 eu estava no protesto que derrubou o Collor, no Vale do Anhangabaú, ao lado desses caras da CUT. Agora, eles vem dizer que pedir impeachment é golpismo e ficam se revoltando? Acho justo pedir pela saída da presidente, é um direito do povo. O Congresso que vai decidir", afirma.

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Aécio Neves gravou vídeo de incentivo às manifestações contra Dilma marcadas para o próximo domingo Reprodução Internet

Com informações de David Shalom, do IG 

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