Rio - A Polícia Federal apreendeu 131 obras de arte na casa do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, preso na manhã desta sexta-feira na décima fase da Operação Lava Jato, no Rio. O juiz federal Sérgio Moro, responsável por conduzir todas as ações da Lava Jato, deteminou as buscas nas residência e em outros dois endereços de Duque. A operação deflagrada na manhã desta sexta foi batizada de "Que País é esse?" Suspeita-se que Renato Duque tenha lavado dinheiro de propinas através da compra de obras de arte.
Compra e venda de obras de arte é uma das formas mais comuns no processo de lavagem de dinheiro. “Considerando o aparente profissionalismo na prática da lavagem de dinheiro e que, por conseguinte, é razoável concluir que pode-se tratar de produto de crime lavado, autorizo a apreensão destes bens”, decretou o juiz Sérgio Moro.
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Sérgio Moro também autorizou buscas na residência do também preso Adir Assad, apontados pela PF como lobista e operador de propinas do esquema Delta — empreiteira relacionada ao contraventor Carlinhos Cachoeira. No entanto, a quantidade de peças não foi divulgada.
Segundo o procurador da República, Roberson Pozzobon, que integra a força-tarefa do Ministério Público Federal, a descoberta na casa de Duque foi relevante. A coleção de quadros foi encaminhada para Curitiba, onde se concentram as investigações da Operação Lava Jato.