As ações acontecem também nas residências do ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB-RJ), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) e do senador Edison Lobão (PMDB-MA). Agentes da PF também cumprem mandados na Diretoria-Geral da Câmara dos Deputados.
De acordo com a PF, a Operação batizada de "Catilinárias" tem como objetivo o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão, referentes a sete processos instaurados a partir de provas obtidas na Lava Jato. Além do Distrito Federal e Rio, os mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, Pará, Pernambuco, Alagoas, Ceará e no Rio Grande do Norte.
As buscas ocorrem nas residências de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos. A Polícia Federal informou que "a medida tem como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados". Foram autorizadas apreensões de bens que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa. Os investigados respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, entre outros.
Aliados do presidente da Câmara acreditam que a operação desta terça-feira não deve interferir na votação do parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) no Conselho de Ética, que pede a continuidade das investigações sobre o envolvimento de Cunha em negócios irregulares envolvendo a Petrobras e na manutenção de contas secretas no exterior.
Nesta terça-feira, o Conselho de Ética da Câmara pode votar o parecer sobre a representação contra Eduardo Cunha por suposta quebra de decoro parlamentar. O novo relator da representação movida pelo PSOL e pela Rede, o deputado Marcos Rogério apresenta o parecer favorável ao prosseguimento das investigações.