Rio - Pela quarta vez, o Colégio Aplicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Cap-Uerj) teve de adiar o início das aulas pela falta de professores na unidade. O retorno seria nesta segunda-feira, porém, a comunidade escolar — que inclui docentes, alunos e direção — decidiu pelo cancelamento por conta do problema. Nesta tarde, a direção do instituto se reunirá novamente com docentes e representantes do grêmio estudantil para discutir a volta às atividades e as medidas que serão adotadas.
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Segundo o diretor do instituto, Lincoln Tavares, o CAp precisa preencher 69 vagas para professor 40 horas (semanais) e mais 15 para professor que cumpra 20 horas. Ele afirma que a contratação temporária de substitutos pode ajudar a resolver o problema em caráter emergencial, mas ressalta o pedido de abertura de concurso.
"Esse total de 69 e 15 vagas não são para mera reposição, são para cobrir disciplinas que já estavam sem professores. Estamos pedindo também substitutos e a universidade (Uerj) autorizou essa seleção. Vamos correr atrás disso. Pode ser uma luz no fim do túnel para pelo menos lecionarmos e iniciarmos as atividades", declarou Lincoln.
Ele afirma ainda que será discutida ainda hoje a possibilidade de retorno às aulas na quarta-feira. "A comunidade vai se reunir. porém, ainda achamos muito difícil que isso aconteça. Com a contratação de substitutos, teremos que analisar currículos e fazer entrevistas antes. Vamos acelerar o processo, mas será muito difícil que as aulas começem na quarta-feira", acrescentou.
De acordo com o Grêmio Estudantil, a falta de professores é um problema recorrente e já foi levado à Alerj, no meio do ano passado. E, além da carência acadêmica, a limpeza dos prédios ficou comprometida por causa do atraso no pagamento dos funcionários, que estariam fazendo rodízio para o trabalho emergencial de limpeza na unidade.