Alemanha - A companhia aérea alemã Lufthansa aprovou nesta sexta-feira a medida que determina que durante todo o voo haja dois membros da tripulação na cabine dos aviões de todo o seu grupo, depois que o copiloto da Germanwings, Andreas Lubitz, supostamente derrubou de forma proposital o Airbus A30 no Sul da França. A Lufthansa informou que melhorou suas estruturas de segurança depois deste acidente, no qual 150 pessoas morreram na última terça-feira. Todas as companhias aéreas do grupo vão adotar a norma dos dois tripulantes em cabine como medida de precaução em coordenação com as Autoridades de Aviação Alemãs, outras companhias aéreas germânicas e a associação da indústria da aviação alemã.
"As companhias aéreas do grupo Lufthansa adotarão este novo procedimento o mais rápido possível, após consultas com a autoridade de aviação nacional", indicou a empresa em comunicado.
Além disso, o grupo criou um novo posto, o de Segurança do Piloto, dentro do grupo, que será assumido pelo comandante Werner Maas. Ele terá a responsabilidade de examinar e melhorar todos os procedimentos de segurança de voo e informará diretamente ao presidente da Lufthansa, Carsten Spohr.
Copiloto escondeu atestado médico para trabalhar no dia da tragédia
A norma de dois tripulantes na cabine já é aplicada regularmente em voos entre continentes e em outras regiões do mundo como os Estados Unidos, mas, por enquanto, não de forma generalizada no espaço aéreo europeu. Conforme as investigações da promotoria francesa, a catástrofe do voo 4U 9525 foi causada pelo copiloto, que aparentemente se trancou de forma voluntária na cabine de comando, aproveitando que o capitão havia se ausentado, e jogou o avião contra a montanha.
Nesta quinta-feira mesmo, várias companhias aéreas, como a easyJet e Norwegian Air, anunciaram que aplicarão a medida das duas pessoas na cabine de comando.