Espanha - A Espanha começa a mudar sua política. Nascido nos protestos de 2011, contra a recessão e o desemprego por conta da crise europeia, o Podemos, que apregoa uma nova política, conquistou votação expressiva nas eleições municipais e conquistou cadeiras em praticamente todos os 8.122 municípiosn e 13 comunidades autônomas (equivalentes aos Estados). Sua principal conquista foi Barcelona, que deverá ser dirigida pela líder lantirremoção, Ada Colau.
Além de enfraquecer os partidos tradicionais, a vitória esvazia os nacionalistas liderados por Xavier Rias, atual prefeito da cidade e que prega a separação da Catalunha da Espanha.
Apurados 92% dos votos até o fechamento desta edição, a coligação Barcelona en Comú, que une Iniciativa, Esquerra Unida, Podemos, Procés Constituent e Equo, conquistou 11 das 41 cadeiras. O partido do atual prefeito, o CiU, conquistou dez e, em minoria, deve renunciar.
O Partido Popular, conservador, foi o que mais votos conquistou, porém sem conseguir a maioria, o que o obrigará a compor os governos. Para se ter uma ideia, em 2011 o partido teve 37,54% dos votos totais, e agora caiu para 26%. O PSOE, de esquerda, que rivaliza com o PP desde as eleições de 1982, caiu de 27,79% para 25%.
Além de Barcelona, a capital Madri também deu muitos votos para a oposição e contribuiu para o fim do bipartidarismo espanhol, apesar de ter mantido o PP no poder. O Ahora Madrid, que conta com a força do Podemos, perdeu por apenas uma cadeira.