Por gabriela.mattos

Zimbábue - Depois de um americano matar o leão Cecil, o mais famoso do Zimbábue, agora um caçador alemão abateu no país um dos maiores elefantes do mundo, reavivando a polêmica sobre a caça na África. "As presas do elefante eram tão grandes (55 kg), que arrastavam no chão", disse à Agência Efe, Johnny Rodrigues, membro do Grupo de Trabalho de Conservação do Zimbábue.

Especialistas consideram que as presas do elefante, abatido em 8 de outubro, são as maiores da região. O animal, que tinha entre 40 e 60 anos, foi morto perto do Parque Nacional Gonarezhou do Zimbábue durante uma "caçada legal", da qual participou um alemão que fazia um safári, informaram hoje à Efe os proprietários da reserva, no sudeste do país e muito próximo à África do Sul.

Caçador posta foto do elefante em rede social após abatê-loReprodução Facebook

De acordo com Johnny Rodrigues, o elefante morreu na região conhecida como Malapati, o que significa que estava fora do parque nacional e, portanto, sua caça era legal. "Não sabemos se o elefante vivia no Parque Nacional Kruger (África do Sul) ou no Zimbábue, mas podemos garantir que estava na área do safári quando foi abatido", afirmou.

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No caso do leão Cecil, caçado nos arredores do Parque Nacional de Hwange, no nordeste do Zimbábue, o animal "foi atraído para fora da reserva para ser caçado". "Até agora, não temos qualquer evidência de que tenha acontecido o mesmo com o elefante", disse Johnny Rodrigues.

A morte do leão Cecil abriu um debate sobre a caça praticada em vários países africanos. O leão, de 13 anos, foi atraído para fora do parque com uma presa amarrada ao veículo que levava os caçadores. Com ele fora de espaço protegido, a caça deixaria de ser ilegal. Após esse episódio, o governo do Zimbábue proibiu a caça de grandes animais selvagens, a exceção de alguns locais como o Parque Natural Hwange.

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