Por gabriela.mattos

Estados Unidos - O Pentágono anunciou nesta quinta-feira a libertação de 70 reféns e a morte do primeiro soldado dos Estados Unidos em combate direto contra o Estado Islâmico (EI), durante uma operação das forças especiais para libertar "peshmergas" curdos no Iraque.

O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, explicou que a missão aconteceu hoje e foi solicitada pelo governo Regional do Curdistão Iraquiano para libertar um grupo de militares sequestrado por membros do EI em uma prisão perto de Hawija, no norte do país.

O porta-voz do Departamento de Defesa acrescentou que a operação foi "deliberadamente planejada e lançada após se conhecer que os sequestrados tinham pela frente uma iminente execução em massa", e foi realizada com helicópteros americanos em apoio às forças curdas.

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Houve troca de tiros na operação. Um soldado americano ficou ferido e acabou morrendo, tornando-se a primeira baixa militar dos EUA na missão contra os jihadistas sunitas do EI, que já dura mais de um ano e que tinha foco em ataques aéreos e o treinamento e assessoria às forças iraquianas.

Além disso, foram detidos cinco terroristas do grupo jihadista, e um número "significativo" de extremistas morreu. Foram libertados cerca de 70 reféns, entre eles 20 membros das forças de segurança iraquianas e vários civis, disse Cook. O porta-voz do Pentágono declarou também que as forças americanas encontraram "importantes informações de inteligência sobre o EI".

"Os 'peshmergas' tomaram a liderança e os americanos tiveram um papel de apoio", explicou Cook em entrevista coletiva após a operação, garantindo que a missão não descumpre o compromisso do governo dos EUA de não usar tropas terrestres em combates no Iraque.

Segundo o porta-voz, a atuação está dentro das premissas da missão para lutar contra o EI, que inclui assistência às forças iraquianas e curdas para "defender vidas inocentes". A ação foi autorizada pelo secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, que notificou a equipe de Segurança Nacional do presidente americano, Barack Obama.

Na operação, ficaram feridos quatro soldados das forças armadas do Curdistão iraquiano. Cook indicou que essa missão foi pontual e não representa uma mudança da estratégia adotada contra os jihadistas. Esta não é a primeira missão específica das forças especiais americanas na qual foi preciso enfrentar membros do Estado Islâmico, mas a primeira que terminou com a morte de um militar americano.

Em maio, a Delta Force, principal unidade antiterrorismo dos EUA, realizou uma operação contra o EI que matou o líder jihadista Abu Sayaf no norte da Síria, sem vítima entre os americanos. Obama insistiu desde o início da missão contra o EI que não usará tropas em campo para que tenham um papel de combate, e focará suas operações em assistência e treinamento a forças locais e ataques aéreos, tanto na Síria como no Iraque onde há presença dos jihadistas.

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