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Roberto Braga: Fim dos 5% adicionais para INSS vai dificultar acesso ao crédito?

Foram precisos muitos ajustes econômicos, sociais e culturais para encontrar saídas e reverter os prejuízos causados pelo novo coronavírus

roberto braga opinião odia  - divulgação
roberto braga opinião odia divulgação
Por Roberto Braga*
Já estamos em dezembro e em poucos dias acabará o tão atípico 2020. Com uma pandemia, incertezas econômicas que paralisaram diversos setores mundo afora, escolas fechadas e mudanças de hábito - que fizeram com que muitas pessoas migrassem para o mundo digital -, atravessar o ano foi quase como viver de uma forma até então desconhecida. Foram precisos muitos ajustes econômicos, sociais e culturais para encontrar saídas e reverter os prejuízos causados pelo novo coronavírus.
A Economia foi, obviamente, muito afetada. Fatores como o isolamento social fizeram muitas empresas fecharem as portas, aumentando, ainda mais, o desemprego e a desaceleração do setor econômico no país. Em ordem de tentar frear ao menos um pouco esse momento crítico, o governo apostou em medidas provisórias com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito para o brasileiro e voltar a ter dinheiro circulando. O empréstimo consignado, por exemplo, foi um dos segmentos que teve MPs aprovadas.
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A solução encontrada pelo governo surtiu efeito. Dados do Banco Central mostram que no primeiro semestre, o número de novas contratações do empréstimo consignado, feito pelos beneficiários do INSS, teve um aumento de 25%. Mas como o próprio nome diz, as medidas são provisórias e com o encerramento de 2020 algumas também devem acabar. Este provável fim deverá acarretar um cenário de tempos menos favoráveis ao crédito consignado. Ainda que levemos em consideração que foram desenvolvidas no ápice da pandemia, caso fossem mantidas, suas facilitações continuariam sendo importantes no cenário atual.
A possibilidade de renovação dessas ações especiais existe, mas para isso é necessário que elas virem projetos de lei que mais tarde serão apresentados e depois votados. Não é um caminho rápido, então quem tem uma necessidade emergencial não deve contar com isso e deve fazer a contratação com brevidade. Pelo que vimos neste ano, há uma tendência na renovação de medidas emergenciais, inclusive já existem movimentos parlamentares para tal. Imagino que haverá grande clamor popular, especialmente para a renovação dos 5% adicionais de margem.
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As possibilidades são reais, porém como eu disse, elas podem ou não ir para frente. O que sabemos hoje é que o fim de algumas das medidas deverá ser em 31 de dezembro de 2020. Estímulos como extensão de prazo, aumento de margem consignável e teto na taxa de juros poderão ser usadas pelos governantes para facilitar acesso a crédito caso a economia não reaqueça ou a pandemia perdure mais do que o esperado.
Sejam com medidas de estímulo ou não, o conselho àqueles que consideram contratar um empréstimo continua sendo racionalizar a decisão. Crédito, ainda que com juros baixos, deve ter a função de resolver uma emergência e o pagamento das parcelas deve ser considerado na lista de despesas do lar.
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*Co-fundador da startup bxblue
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