Luciana Novaes - Divulgação
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Por Luciana Novaes*
Através do voto, os cariocas se manifestaram e deixaram um recado bem claro: não suportam mais o abandono, a deterioração da cidade a falta de projetos para o futuro. A pandemia escancarou as nossas desigualdades, deixou marcas profundas de desesperança e dor nas famílias. Será preciso buscar forças e renascer das cinzas, não é fácil.
Acredito que o primeiro passo é buscar experiências bem-sucedidas de gestão, e para isso não é preciso ir tão longe, basta observar o que tem sido feito em Maricá, cidade com um pouco mais do que 160 mil de habitantes. Lá desde o começo da crise do coronavírus, a Saúde se tornou o foco das atenções e, isso fez com que respondessem rapidamente abrindo leitos, adquirindo testes e cuidando das pessoas. O resultado é que o município tem a segunda melhor taxa de curados da doença, perdendo apenas para Niterói.
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Maricá, também comprovou que não existe oposição entre a preservação da vida e da Economia. A execução de programas como o Renda Básica de Cidadania (RBC), o Programa de Amparo ao Trabalhador (PAT) e o Programa de Amparo ao Emprego (PAE), além da aposta no desenvolvimento da Economia Criativa e Solidária, foram responsáveis por dar sustentação aos empregos existentes.
Enquanto o Rio de Janeiro foi a cidade que mais perdeu vagas de trabalho formal em todo Brasil, em Maricá houve expansão das carteiras assinadas registrando alta entre os meses de janeiro a outubro de 3,7%. O bom resultado dos maricaenses é fruto de uma gestão humana, antenada com as novas tecnologias e que acompanha de perto o resultado das políticas sociais e assistências, inclusive por meio de secretaria própria.
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O Rio de Janeiro tem capacidade de reagir, somos uma capital de grande diversidade, com gente muito qualificada e preparada, temos algumas das melhores universidades, institutos de pesquisa e escolas do país. Concentramos um enorme polo turístico, gastronômico e de outros negócios do terceiro setor. É hora de refundarmos essa cidade, mirarmos nos bons exemplos, apostarmos em nossa inventividade para reconstruir o presente e sinalizar para o futuro. É essa a tarefa que cabe a cada um de nós refletir e cobrar.
*Vereadora do PT do Rio