Opina 06 janeiro - Arte Paulo Márcio
Opina 06 janeiroArte Paulo Márcio
Por Simone Viana*
A leitura é um dos hábitos mais benéficos para o desenvolvimento intelectual, além de encorajar a imaginação e a criatividade, estimula o desenvolvimento da linguagem, permite ganhar vocabulário e estimular a expressão oral. Oportuniza a formação de indivíduos com posicionamentos social, político e crítico desenvolvendo conscientemente uma atuação de transformação da realidade pessoal e histórica, de forma autônoma e responsável, com atitudes e consciência cidadã.
Sendo capaz de construir e buscar meios de evoluir em sua vida sob todos os aspectos, despertando atitudes que abarcam responsabilidade e transformação social. É fato, que a leitura configura a oportunidade do cidadão ser um leitor autônomo e evoluir múltiplas formas de ler, de sentir, de viver definindo a maneira de ser e de agir como sujeito consciente, reflexivo e crítico do meio ao qual pertence, pois favorece a formação de uma identidade cultural e nacional complexa, instigadora e a oportunidade de pensar, repensar e reinventar concepções, vivências, valores e tradições.
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Ler, antes de tudo, é descobrir e expandir horizontes, identificando quem somos e o que queremos ser de forma consciente e consistente. Desafiando-nos para que percebamos que o mundo pode ser mudado, transformado, reinventado. Mas para esse desafio ser alcançado com êxito, ou seja, sermos um leitor autônomo - precisamos do apoio incondicional da família, do governo, da escola para introduzirem e estimularem os indivíduos ao mundo da leitura, transformando-os em leitores sensíveis e conscientes da importância de suas escolhas literárias que irão contribuir na conquista de novos saberes e vivências.
O caminho para um despertar para a leitura, é gradual, a escola e a família são muito importantes, como mediadores desta leitura prazerosa, em um contexto de pouca valorização da leitura, não adianta apenas abordar este assunto no dia 7 de janeiro – Dia do Leitor, mas sim ser uma iniciativa rotineira de incentivo à leitura de livros, que deve ser implementado como política pública o acesso aos livros e bibliotecas em nosso país.
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Formar leitores, é transformar nossa sociedade, com pessoas ativas e não em meros reprodutores da ordem estabelecida. Atualmente, o desafio é enorme, mas não impossível diante da construção da subjetividade na contemporaneidade forjadas na cultura da mídia na qual estamos inseridos. Diante de tantos estímulos tecnológicos e cultura midiática, como: jogos, navegação em redes sociais, blogs, mensagens de celular, de textos curtos como o twitter, de cartazes e outdoors publicitários, das adaptações dos clássicos em histórias em quadrinhos e tantas outras formas de se ler o mundo; é preciso perceber que cada forma impõe uma relação particular com o texto e a leitura.
É imprescindível incentivar leituras como de Monteiro Lobato (1882-1948), Clarice Lispector (1920-1977), João Cabral de Melo Neto (1920-1999), Mario Quintana (1906-1994), Guimarães Rosa (1908-1967), Ruth Rocha (1931), Ana Maria Machado (1941), Chico Buarque de Holanda (1944), Martha Medeiros (1961), Antônio Prata (1977), e tantos outros nomes importantes da literatura brasileira e estrangeira. A iniciação do sujeito no mundo da leitura, da cultura, da literatura, da escrita, qualifica o bem comum e a realização plena dos valores e da cidadania.
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*É professora no Ensino Superior e Educação Básica