Gabriela Mative opinião O Dia - divulgação
Gabriela Mative opinião O Diadivulgação
Por Gabriela Mative*
Em 2020, as organizações se depararam com uma nova necessidade: a de adaptar rapidamente suas operações para não sofrerem com os impactos causados pelo coronavírus. Dentre elas, entrevistas por vídeochamada e adoção do home office. O bom resultado obtido com essas mudanças traz indícios de que o mercado de trabalho tende a mantê-las, pelo menos, até a vacinação parcial da população.
Um dos aspectos que mais mudou no setor de recursos humanos foi o método para entrevistas e avaliações que passaram a acontecer por videoconferência. Para a surpresa do setor, a adaptação das entrevistas do presencial para o online não gerou prejuízos às empresas - tampouco para os candidatos - mantendo o nível na contratação, e, em alguns casos, ganhando maior agilidade.
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Outra mudança que enxergamos é a de perfil profissional solicitado. Diante de um cenário em que uma crise abateu o mundo, gerou instabilidade e criou ou intensificou questões emocionais relevantes na população, as pessoas precisaram se adaptar. Atualmente características como autogestão, resiliência e adaptabilidade se tornaram fundamentais nas contratações e foram as soft skills mais requisitadas em 2020.
Algumas mudanças nos escritórios também começam a ser sentidas. Embora o home office seja hoje a realidade da maioria, alguns clientes ainda preferem que determinados setores estejam concentrados nos escritórios, o que induz à uma busca por soluções que garantam a segurança de todos, como disponibilização de álcool em gel, número reduzido de equipes e ambientes ventilados.
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Em contrapartida algumas ainda preferem o trabalho remoto graças às boas experiências durante o período de isolamento. Uma tendência forte para 2021, portanto, é o crescimento de empresas que adotam o home office, seja em rodízio entre equipes para evitar aglomerações, seja como sistema integral.
Em relação às áreas de maior destaque, uma das que tem ótimas perspectivas é a de tecnologia da informação em razão do crescimento exponencial da oferta para programadores, analistas de BI, analistas de marketing digital, entre outros cargos. Essas carreiras devem continuar a ser demandadas, visto que a
mudança no comportamento de consumo e a transferência do físico para o online veio para ficar.
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Outro ponto de destaque é o trabalho temporário, que foi um dos setores com maior crescimento durante a crise. Em um ambiente de incerteza, as empresas optaram pela contratação temporária a fim de dar andamento ou finalizar demandas do momento, uma vez que muitos colaboradores precisaram se ausentar ou ser afastados por terem sido infectados com o coronavírus.

Para quem continua em busca de uma oportunidade este ano, recomendamos que o profissional não renuncie à oportunidade temporária. Além de possuir quase os mesmos benefícios que um cargo efetivo, a modalidade continua sendo uma ótima oportunidade de entrada ou retorno ao mercado de trabalho.
*É superintendente de Seleção da Luandre RH