Cléo Hernams, presidente da FIA opinião O Dia  - divulgação
Cléo Hernams, presidente da FIA opinião O Dia divulgação
Por Cléo Hernams*
Há muito tempo a violência doméstica é uma realidade em nossa sociedade, atingindo crianças e adolescentes independentemente da condição socioeconômica, religião, nível de escolaridade ou cor da pele. Com a pandemia da covid-19 e a necessidade do isolamento social, vimos crescer os casos de violência contra crianças e adolescentes, sobretudo a violência de natureza sexual.

A Fundação para a Infância e Adolescência (FIA/RJ), principal ente público do Poder Executivo do Estado do Rio no contexto do Sistema de Garantia de Direitos na área da Criança e do Adolescente, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH), desenvolve diversos Programas na área da infância e adolescência. Entre eles, o Programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência, cujo objetivo é garantir o atendimento a crianças e adolescentes vítimas dos mais diversos tipos de violência doméstica (física, psicológica, sexual e negligência).

Os atendimentos do programa são realizados por equipes multiprofissionais compostas por psicólogos, assistentes sociais e advogados que atuam nos equipamentos do Programa, os Nacas (Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente).
Atualmente há Nacas funcionando nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Volta Redonda, Nova Friburgo e Nova Iguaçu (atendendo a toda a Baixada Fluminense) com o intuito de prevenir e interromper o ciclo da violência que, quando ocorrida na infância, pode acarretar não apenas sequelas físicas, mas também, gerar graves danos emocionais à vítima que poderão repercutir ainda em sua vida adulta.

Os atendimentos nos núcleos acontecem a partir de encaminhamentos dos órgãos do Sistema de Garantia de Direitos (Delegacias, DCAV, conselhos tutelares, Ministério Público, Defensoria Pública, Varas da Infância, dentre outros); as ações do programa objetivam a prevenção, o diagnóstico e a interrupção da violência doméstica contra crianças e adolescentes.

Diante do visível aumento de casos de violência contra crianças e adolescentes, a FIA consciente do seu papel social e com uma extensa trajetória de atuação e resultados efetivos neste campo de atuação, objetiva ampliar as ações do Programa e garantir atendimento especializado a maior número de famílias, contribuindo ainda mais para a redução deste tipo de violência em nosso estado.

A violência contra crianças e adolescentes é uma questão grave na sociedade e precisa ser combatida. Diante de alguma suspeita, não se cale, denuncie! Esta pode ser uma importante oportunidade de ajudar aqueles que sozinhos não têm como se defender.
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*É presidente da Fundação para a Infância e Adolescência do Rio (FIA/RJ)