Leandro Varges - Divulgação
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Por Leandro Varges*
Os últimos acontecimentos na 21ª edição do Big Brother Brasil, o reality show mais famoso do país na atualidade, tem trazido à tona um debate importante: a cultura do cancelamento. Isso porque, logo na primeira semana, o público já dividiu os participantes em dois grupos: os ‘canceladores’ – aqueles que apontavam o dedo para julgar as atitudes dos demais colegas de confinamento – e os ‘cancelados’, o grupo que recebia o julgamento do restante.

Mas, engana-se quem pensa que esse debate está restrito somente às páginas de fofoca e aos usuários da internet. A Cultura do Cancelamento pode trazer prejuízos reais para as marcas também, já que o público tem se mostrado cada vez menos paciente para erros ou posicionamentos ultrapassados. E as empresas não escapam desse olhar apurado!

Apesar de difundida nas redes sociais, a Cultura do Cancelamento não é defendida por grande parte das pessoas. De acordo com uma pesquisa do site UOL, 79% dos entrevistados se dizem contrários, enquanto 11% são a favor. Já outros 10% dos participantes da pesquisa responderam que não são favoráveis ao cancelamento, mas entendem que é uma postura ‘merecida’ quando os erros são difíceis de defender.

Apesar do grande percentual dos que são contrários ao cancelamento, a internet é dominada por um gatilho mental que existe mesmo antes da criação dos computadores: o efeito manada. Grande parte das pessoas reproduz comportamentos que observam na massa, sem questionar ou hesitar. No contexto das redes sociais, é através desse gatilho que o cancelamento acontece.

Por isso, é tempo de refletir – e ter atitudes práticas – para evitar crises na sua marca. Primeiramente, é preciso entender que, para ser cancelado, é preciso antes ser exposto. Dessa forma, analise a forma como a sua empresa tem se posicionado nas mídias. E não esqueça de ficar atento as temáticas atuais, para entender como é preciso adotar posturas responsáveis.

Afinal, as marcas estão cada vez mais sendo vistas como pessoas. E as pessoas, cada vez mais entendidas como marcas.
*É diretor de Marketing Digital na Agência A+