Isa Colli é jornalista e escritora Divulgação
Embora elas aproximem as pessoas e facilitem a construção de networking, ampliando as oportunidades profissionais, muitos especialistas destacam os pontos negativos, comparando seu uso excessivo a um vício, que pode desencadear problemas como estresse, baixa autoestima e ansiedade. O National Center for Biotechnology Information, dos Estados Unidos, relaciona o uso pesado das mídias sociais à depressão.
Mas qual é o impacto das redes sociais no ambiente escolar? Assisti “O Dilema das Redes”, na Netflix, e fiquei impressionada com essas questões, apresentadas no filme de forma bastante didática, com base em depoimentos de quem as criou e conhece bem o seu impacto sobre a sociedade.
Concluí que proibir celular no recreio e nas aulas não vai ajudar a preparar o aluno para lidar com o mundo atual, pois não é mais possível escapar das redes. E a escola tem o dever de exercer o seu papel educador diante de um fenômeno tão relevante, atuando para gerar consciência sobre o que acontece no mundo e orientar os alunos sobre formas mais saudáveis de usar as redes sociais.
Os alunos precisam saber que, da mesma forma que celular e redes sociais aproximam os de longe, viciam e afastam as pessoas mais próximas, principalmente em momentos informais como rodas de conversas, almoços ou jantares íntimos.
A escola pode trabalhar no desenvolvimento da consciência dos momentos adequados e inadequados para deixar o celular ligado e acessível, por exemplo. É preciso mostrar aos alunos que estudiosos como o professor Stuart Russell, da Universidade da Califórnia em Berkeley, se preocupam com a ameaça eminente da sobrevivência humana pela Inteligência Artificial (IA).
Os alunos devem ser incentivados a buscar informação variada ao invés de se contentar com o que recebem, e devem manter a prática de ir lendo textos cada vez mais longos, mesmo que digitais.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.