Clebson Guilherme: Gestor público e empresárioDivulgação

Fevereiro é marcado por muitas chuvas. Por ser o último mês do nosso verão meteorológico são registradas altas temperaturas e chuvas por todo o Brasil. O avanço dos institutos meteorológicos, suas pesquisas e estudos apontam que em 2023 não está sendo diferente e com possibilidades de grande volume de água, resultando em catástrofes. Segundo fonte do Clima Tempo; o calor deste mês é o que mais deve chamar atenção no verão deste ano.

A previsão é de que a temperatura fique acima da média normal em toda a Região Sul, no oeste de Mato Grosso, em quase todo o Mato Grosso do Sul e na maioria das áreas do Sudeste. E com isso as pancadas de chuva aumentam o volume em resposta ao grande aquecimento da atmosfera. Deixo aqui minha preocupação através da pergunta: O que os estados e municípios têm planejado para evitar e ou ao menos diminuir as catástrofes previamente denunciadas? Como está sua cidade?

No decorrer dos anos percebemos acúmulos de materiais assoreando rios e canais por todo o Brasil, além deste mesmo acúmulo incluindo lixo em várias redes de escoamento fluvial e também de esgotos. E as autoridades locais têm feito um plano de ação preventivo, tomado medidas de limpezas e de investimento em contenção às enchentes e deslizamentos causados pelo grande volume de água? Eu mesmo respondo que não!

Entra ano, sai ano, entra governo, sai governo, os mesmos problemas, e a população que sofre. Defendo a necessidade das autoridades municipais e estaduais discutirem com a população, principalmente das áreas de risco o que pode ser feito e o que tem sido planejado para salvar bens materiais e vidas que ano a ano previamente anunciadas decepam cidades e bairros inteiros, além de numerosas famílias. Sabemos que muitos moradores, mesmo cientes dos riscos, inclusive de perder a vida em desabamento, que correm nesse período do ano, se mantêm em regiões, em seus domicílios pela simples razão de não terem para onde ir. E a falta de políticas públicas priorizando esses cidadãos ajuda a dizimarem famílias ano a ano. É uma tragédia anunciada.

A omissão em discutir antecipadamente com especialistas através das informações dos institutos meteorológicos, possibilitando em tempo investimentos para conter tais desastres parece não comover autoridades, talvez por de fato não responsabilizar na área civil e criminal.
A chuva é um fenômeno natural, e muita chuva provoca enchentes, mas podem ser intensificadas pelas práticas humanas nos bairros, nas cidades com grande movimentação e até nas pequenas áreas urbanas. O problema das enchentes passou a ser algo comum, muito comum no dia a dia das populações. Infelizmente, todo o ano é a mesma história: entre os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, quase sempre intensificado em fevereiro e março, os noticiários são tomados por problemas relacionados à elevação dos cursos d´água e a inundação de casas e ruas, desabamentos e, desencadeando uma série de tragédias, que, quase sempre, poderiam ser evitadas. As chuvas destroem, desabrigam e matam. Mas, não são responsáveis sozinhos.
*Clébson Guilherme é gestor público e empresário