Paulo Kendi T. Massunaga, presidente executivo da AEERJDivulgação

Na semana passada foram divulgados, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostram que o Brasil gerou 83.297 empregos formais, em janeiro de 2023. Além de ser um dado positivo para a Economia de nosso país, os números mostram uma boa notícia também para o nosso setor: somente na área da Construção, foram 38.965 postos formais de trabalho, ficando atrás apenas do setor de serviços.

No acumulado de 12 meses até janeiro, a construção gerou 194.398 novos empregos, um acréscimo de 8,58% sobre o número de empregados em dezembro de 2021.

A retomada da Economia após a crise provocada pela pandemia de covid-19 contribui para o crescimento do setor. Com a melhora da situação financeira, crescem os investimentos em obras e novos imóveis. Espera-se que essa tendência de alta continue nos próximos meses, impulsionada pelos projetos que vêm sendo anunciados pelo governo federal, como a retomada de obras paralisadas. O setor da Construção Civil é um dos mais importantes para o desenvolvimento econômico e social de um país, já que gera empregos, movimenta a Economia, melhora a infraestrutura e incentiva o desenvolvimento urbano.

A Construção gera negócios para empresas do ramo e prestadoras de serviços, além de também contribuir para o aumento da arrecadação de impostos. Ou seja, não existe dúvida da importância do setor para a sociedade de forma geral. Porém, muitas vezes enfrentamos entraves e inúmeros problemas que podem prejudicar o desenvolvimento do setor. Entre eles, destacamos o excesso de burocracia. O processo para obtenção de licenças e alvarás é lento e muitas vezes exige uma quantidade excessiva de documentos, o que pode atrasar as obras e aumentar seus custos.

A falta de incentivos fiscais por parte dos governos gestores é um desestímulo à chegada de novas empresas ao mercado e uma questão para as já existentes, que batalham para se manter. Ainda pior do que a ausência de incentivos é o atraso no repasse de verbas e pagamentos aos fornecedores e construtoras. Isso prejudica não somente a execução das obras, como também coloca em risco a saúde financeira das empresas. Como a Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ) sempre destaca, a transparência, simplificação de processos burocráticos e rigorosa fiscalização devem nortear as relações entre governos e empresas da área.

Voltando ao Novo Caged, os dados nos sinalizam que devemos continuar investindo no setor, criando cada vez mais oportunidades de se levar desenvolvimento para toda sociedade. 
Paulo Kendi Massunaga é presidente-executivo da AEERJ