Passado o primeiro semestre, onde já se permitiu um reconhecidamente eleitoral, o Rio de Janeiro vive um rearranjo das suas forças políticas e partidárias. Nos últimos meses, foram elencados vilões, heróis, pretensos candidatos e futuros caciques da política do grande estado dividido pela Guanabara. Em outros tempos, era muito fácil apontar os líderes políticos, partidários e suas regiões, porém, com cada vez mais nomes buscando ser o centro das atenções, naturalmente as atenções acabam sendo ainda mais divididas e com juntos a isso os poderes também se dividem.

Assistimos no último pleito presidencial um acirramento gigante de uma disputa que mesmo sendo naturalmente dura, nunca havia se apresentado tão polarizada e carente de opções. Vemos o Rio buscar repetir algo parecido com esse ‘nós contra eles’, em nível estadual e principalmente em direção às eleições municipais que se aproximam já em 2024. Parece distante, mas quem entende a movimentação das peças concorda que, quem ainda não moveu ao menos um peão, está muito atrasado. Porém, mexer todas as peças pode ser sinal de desespero, não de estratégia.

O próximo pleito será em outubro de 2024, definidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O primeiro turno sempre é marcado para o primeiro domingo de outubro. Já o segundo turno, acontece no último domingo do mês. Arisco que as próximas eleições podem apresentar surpresas, afinal, o Rio de Janeiro, é a mais resplandecente vitrine do país. Partidos, militantes e apoiadores já traçam planos para as eleições municipais deste ano. A política se faz com parcerias, considero normal toda esessa movimentação, e cabe ao eleitor uma atenção extra para acompanhar essas movimentações.

Há uma máxima que o ato de votar constitui um dever e não um mero direito. A essência desse poder se deve e está na ideia da responsabilidade que cada cidadã ou cidadão tem para com a coletividade ao escolher seus mandatários. O tabuleiro está posto, mas as peças são movimentadas uma a uma de cada vez, e é o eleitor quem finaliza o jogo. Antes de definir o jogo, é preciso avaliar, analisar as propostas, discutir ideias e principalmente, ficar de olho nos atuais dirigentes, o que estão fazendo, como estão fazendo, e acima de tudo, costurando com quais aliados. Pode parecer clichê, mas faça valer seu voto, dê a importância que ele merece, afinal, é uma responsabilidade muito grande.
* Clebson Guilherme é gestor público e empresário