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Emílio Figueira: Acessibilidade e direitos educacionais
O Dia da Pessoa com Deficiência Física foi celebrado em 11 de outubro. Boa oportunidade para falar sobre os passos que o Brasil deu rumo à construção de uma educação mais inclusiva, garantindo que crianças e adolescentes, independentemente de suas habilidades ou limitações, tenham acesso a uma educação de qualidade. Esse avanço reflete o compromisso do Estado brasileiro com os princípios de igualdade, acessibilidade e respeito à diversidade.
Cito algumas das principais conquistas. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva foi um marco promovendo a inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares. Ela orienta a criação de políticas educacionais para garantir o acesso e a permanência desses alunos no ensino comum, fortalecendo a inclusão nas escolas públicas e privadas.
A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) ou Estatuto da Pessoa com Deficiência reforça o direito de acesso à educação inclusiva em todos os níveis e proíbe a exclusão de alunos com deficiência do sistema educacional. Ela estabelece diretrizes que garantem a igualdade de condições no ambiente escolar, exigindo adaptações específicas, como recursos acessíveis e suporte adequado para o aprendizado, além de reforçar a responsabilidade das instituições de ensino em promover a acessibilidade.
A expansão das Salas de Recursos Multifuncionais tem como objetivo fornecer um atendimento educacional especializado (AEE), e foram implantadas em escolas públicas do Brasil. A Capacitação e Formação Continuada de Professores tem sido uma prioridade. Programas oferecidos pelo MEC e outras instituições visam preparar os educadores para lidar com a diversidade de necessidades educacionais dos alunos. O Atendimento Educacional Especializado (AEE), instituído pela LBI, é um serviço de apoio complementar ao ensino regular, destinado a alunos com deficiência, transtornos de desenvolvimento e altas habilidades. Oferecido geralmente no contraturno escolar, busca garantir que os estudantes recebam o apoio necessário para desenvolverem plenamente seu potencial acadêmico e social.
O Direito à Acessibilidade e Adaptações Curriculares garante que as escolas públicas e privadas ofereçam condições de acessibilidade arquitetônica e pedagógica. Isso inclui a adaptação de materiais didáticos, o uso de tecnologias assistivas e a flexibilização curricular.
Embora ainda haja desafios em relação à melhoria completa, essas medidas representam um avanço importante no combate à exclusão.
* Emílio Figueira é psicólogo e doutor em psicanálise
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