deputado estadual Pedro BrazãoDivulgação

O Dia das Mães é uma data marcada por homenagens, carinho e gratidão. Embora saibamos que o amor materno seja celebrado todos os dias, este momento especial nos convida a reconhecer a dedicação, a força e o cuidado das mães em todas as suas formas.

Contudo, também é um momento de reflexão. Para muitas mulheres, essa data é atravessada por sentimentos de dor e saudade — especialmente para aquelas que enfrentam a ausência dos seus filhos desaparecidos. Ser mãe de uma criança ou adolescente desaparecido é viver com a angústia constante da incerteza, sem saber se o filho está bem, se sente fome, frio ou medo. É uma realidade que transforma profundamente a vida familiar e exige uma força inimaginável.

No Estado do Rio de Janeiro, as famílias podem contar com o apoio da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA-RJ), que reafirma seu compromisso com a proteção integral de crianças e adolescentes. Com o respaldo do Governo do Estado e o apoio direto do governador Cláudio Castro, a FIA-RJ tem atuado firmemente na prevenção de desaparecimentos, na localização de vítimas e na garantia de seus direitos.

Entre os principais programas da Fundação, destaca-se o SOS Crianças Desaparecidas, uma referência nacional na busca e localização de crianças e adolescentes. Este programa também realiza ações preventivas em espaços públicos, comunidades e praias, utilizando uma abordagem lúdica e acessível para sensibilizar a sociedade.

De acordo com o Ministério da Justiça, mais de 66 mil pessoas desapareceram no Brasil em 2024, sendo mais de 20 mil crianças e adolescentes. No estado do Rio de Janeiro, os dados do Instituto de Segurança Pública apontam 6.047 desaparecimentos, sendo 1.046 de menores de idade. Em 2025, segundo a própria FIA-RJ, já foram registrados 52 casos de desaparecimento de crianças e adolescentes, com 42 localizações confirmadas e 9 ainda em andamento.

Muitas mães, impulsionadas pela dor e pela esperança, tornaram-se protagonistas dessa luta. Histórias emblemáticas como as das “Mães de Acari”, “Mães da Sé” (SP), “Mães em Luta”, “Mães Braços Fortes” e “Mães Virtuosas do Brasil” revelam a capacidade de organização, denúncia e mobilização dessas mulheres, que, além de buscarem seus filhos, ajudam outras famílias, pressionam o poder público e contribuem ativamente para o fortalecimento de políticas públicas. São mães que, mesmo diante do sofrimento, transformaram sua dor em ação e solidariedade.

Neste Dia das Mães, minha homenagem vai especialmente àquelas que enfrentam a dor da ausência de seus filhos com coragem e dignidade, e a todas as mães que dedicam suas vidas à proteção da infância e da adolescência. Que essa data também sirva como um chamado à sociedade e aos gestores públicos: precisamos fortalecer as redes de proteção, ampliar o investimento em políticas públicas e, sobretudo, garantir o direito de cada criança e adolescente à vida, à convivência familiar e comunitária, e ao futuro.

Proteger a infância é um compromisso coletivo. Que cada mãe seja valorizada não apenas com flores, mas com ações concretas em favor dos seus filhos.
Pedro Brazão é deputado estadual