Rastro de destruição após deslizamento no Morro da Oficina.AFP

Petrópolis - No dia 15 de fevereiro de 2022, Petrópolis passou pela maior tragédia de sua história. As fortes chuvas que atingiram o município em uma tarde provocaram enchentes e deslizamentos que causaram danos irreparáveis. Na data, 235 pessoas morreram e outras centenas ficaram desabrigadas. O comércio também foi afetado, com lojas tomadas por água, lama e estoques sendo perdidos.
Dois anos depois, vários bairros do município seguem em reconstrução. Segundo a prefeitura, 115 obras de grande e médio porte foram concluídas e 51 estão em andamento. Mesmo passados dois anos da tragédia, 26 ainda estão em fase de licitação. Dentre as obras realizadas, a maioria é de contenção. Em mais de R$ 100 milhões gastos, 79 contenções foram concluídas e 19 estão em andamento.
A tragédia, apesar de ter o Alto da Serra como seu principal ponto, atingiu também outros locais da cidade. Mesmo assim, o Morro da Oficina foi o seu epicentro, com quase 100 mortes registradas apenas na localidade. A área tinha diversas construções em uma grande encosta, onde ocorreram vários grandes deslizamentos de terra. Agora, divididas em três áreas, as obras ocorrem no local, com construção de encostas e a demolição de 245 residências. Como compensação, as famílias proprietárias de cada imóvel receberam entre R$ 90 mil e R$ 230 mil.
Desde o ocorrido, os petropolitanos são mais preocupados em dias de chuva, sempre recordando do que ocorreu em 2022 e em outras tragédias climáticas que Petrópolis já passou.