Ariel Barbosa e Léo GavioleFoto: Divulgação

Petrópolis - O espetáculo de circo-teatro infantil Resta 1 estará em cartaz na unidade Sesc Quitandinha, de Petrópolis, neste domingo (25/08), às 16h. A realização é do Sesc RJ, por meio do edital “Sesc Pulsar”. A circulação circense, que se encerra neste fim de semana, já passou por outras localidades do estado do Rio de Janeiro, como Ramos (Rio), São João de Meriti e Nova Iguaçu, em julho, além de Valença, São Gonçalo e Teresópolis, em agosto.
Na história, uma dupla de palhaços, MortaNdela (Léo Gaviole) e Furico (Ariel Barbosa) se veem obrigados a levar adiante o tradicionalíssimo Circo Bragança, após a morte do proprietário José Honório de Orleans e Bragança. Em meio a músicas e trapalhadas, eles precisam enfrentar o próprio medo quando aparece a assombração de Zé Caveira (Dalus Gonçalves), o espírito encarnado de seu falecido patrão, que não desapega do circo. Agora, eles têm mais uma missão: colocar a morte para dançar!
De acordo com Léo Gaviole, um dos responsáveis pelo argumento, a obra é a reflexão de dois palhaços que estão em busca do seu melhor e precisam lidar com seus próprios fantasmas. “Nós, atores, vivenciamos um processo revelador por meio da direção da palhaça Karla Concá. O desenvolvimento de criação nos levou à reflexão sobre estruturas cômicas do circo tradicional, buscando um novo sentido e desenrolar das cenas clássicas”, explica.
A concepção cênica convida à experiência de vida dos atores dentro da dramaturgia. O teatro de animação está presente com o boneco da morte, causando rebuliço no público que se apavora e ao mesmo tempo se sente atraído por essa figura magnética. O cenário e figurinos trazem a referência do “Día de los Muertos”, festa mexicana que cultua os antepassados familiares já desencarnados, seguindo a paleta de cores e referências em adereços como flores, bandeirinhas, fitas e luzes coloridas.
Karla Concá (direção) é formada em Artes Cênicas, pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras). Com 30 anos de palhaçaria, a atriz cômica e militante da causa da comicidade feminina trabalha firme para avançar ainda mais em um espaço antes totalmente masculino. Na oportunidade ímpar do “Resta 1”, Karla experimenta pela primeira vez dirigir dois homens.