Exposição foi prorrogadaFoto: Divulgação
Arthur Bispo do Rosário (Japaratuba (SE), 1909 – Rio de Janeiro (RJ), 1989): Por décadas, Bispo do Rosário dedicou-se a inventariar os momentos do seu internato no hospício. Com seus barcos, bordados, mantos e estandartes, criou um registro visual do seu cotidiano, escrevendo o nome dos pacientes e visitantes, acessando as memórias de sua infância no interior de Sergipe e de sua experiência na marinha. Declarava que suas invenções eram uma tarefa divina. Sua genialidade é índice de potência que subverte a lógica excludente das instituições normativas.
Chico Tabibuia (Silva Jardim (RJ), 1936): Chico Tabibuia praticou, desde criança, as tecnologias da construção de moradia com elementos da terra, transmitidas pelo bisavô. Na adolescência, exerceu a função de cambono em um terreiro de umbanda, em que a maioria das entidades que baixavam eram exus. A partir de 1986, passou a representar com frequência, embora não somente, os exus em suas esculturas de madeira. Sua relação artística ambígua em torno dessa figura resulta dos encontros com as entidades que, segundo ele, estavam presentes na natureza.
Heitor dos Prazeres: (Rio de Janeiro, RJ, 1898-1966) Pintor, compositor e músico, marcou o círculo cultural carioca do século XX, sendo influência fundadora das escolas de samba Mangueira e Portela, além de autor das mais variadas músicas que marcam a identidade brasileira. Sua produção plástica inicia-se com o infortúnio do falecimento de sua esposa, assim, quando Heitor dos Prazeres descobre sua nova faceta artística, passa a retratar cenas de seu cotidiano no agitado quarto que ocupava, onde se expressavam através de encontros, saberes da cultura afro-brasileira das mais diversas rodas.
Nádia Taquary (Salvador (BA), 1967): É graduada em Letras Vernáculas e especializou-se em Educação, Estética, Semiótica e Cultura pela Faculdade de Educaçao da Universidade Federal da Bahia (UFBA).Seu trabalho integra acervos como Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte Moderna da Bahia, Pérez Art Museum (Miami), entre outros. Em suas esculturas, instalações e videoinstalações, investiga a presença do feminino negro no Brasil e seu legado ancestral na construção histórica e sagrada da cultura afro-brasileira.
Rubem Valentim (Salvador (BA), 1922 – São Paulo (SP), 1991): Importante escultor, pintor e gravurista, sua obra participou de importantes exposições pelo mundo e integra acervos como o do Instituto Inhotim, do Centre Pompidou (França), da Tate Modern (Inglaterra), entre outros. Estudou Odontologia e Jornalismo e participou do processo de renovação da arte baiana, junto aos artistas do Caderno da Bahia, no final dos anos 1940. Cresceu em contato com o sincretismo religioso, em especial com as manifestações do candomblé, cujos signos estão presentes em sua obra a partir dos anos 1950.
A Mulher Maracanã narra a história de Soninha Maracanã, mulher preta, mãe e artista de grande importância na cidade de Petrópolis. Em cena 2 atores e 4 atrizes contam a história dessa mulher preta e símbolo de luta e resistência da cultura, das tradições e da herança africana na cidade de Petrópolis. A peça promete emocionar o público com a história dessa mulher que representa muitas mulheres pretas, que vão se reconhecer, se identificar com a história que será contada.
“O menino rei e menina rainha” apresenta dois importantes personagens do Brasil, Zumbi dos Palmares e Dandara. Inspirados pela tradição africana dos “griots”, através do lúdico, linguagem fácil, bem-humorada, poética e sublinhada, convidando à uma reflexão sobre esses personagens e sua luta pela libertação dos povos negros escravizados; assim como os princípios do respeito e da igualdade racial. Além da contação de histórias, vivência lúdica e criação de adereços simbólicos para a referida data, Dia Consciência Negra, marco norteador da narrativa.
“Contos da Mãe África”, com base em histórias da oralidade de origem afro-brasileira.
A narrativa é enriquecida por um jogo de corpo e música inspirados na capoeira, acompanhada pelo som de um padeiro e um berimbau. A apresentação é solo, fruto de pesquisa de Ariel Barbosa, contador de histórias, recolhedor de contos da literatura oral africana, professor de teatro e ator desde 2017.
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