Outras áreas de Quissamã que também estão no contexto do geoparque são o Museu Casa Quissamã e a Casa Mato de PipaFoto: Divulgação

Quissamã - Quissamã recebeu, quinta-feira (25), uma visita para avaliação da UNESCO, que poderá resultar no reconhecimento do Geoparque Aspirante Costões e Lagunas como o primeiro Geoparque do Estado do Rio de Janeiro. Os avaliadores internacionais Arthur Sá, de Portugal, e Miguel Cruz, do México, estiveram no município dando continuidade ao processo de análise para conceder ao local o título de Geoparque Mundial da UNESCO.
A dupla foi recebida na Casa de Artes do Complexo Cultural Fazenda Machadinha pela prefeita Fátima Pacheco, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo Arnaldo Mattoso e a assessora especial de Turismo, Danielle Feyo. Estiveram presentes diversas autoridades locais, incluindo o Chefe de Gabinete, Luciano Lourenço, e o secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Pesca, Luiz Carlos Fonseca. Também participaram os professores de geociências, Kátia Mansur (da UFRJ) e Daniel Santos (USP), além de representantes do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba e do Geoparque.
Segundo Arnaldo Mattoso, o reconhecimento do Geoparque abre novas oportunidades socioeconômicas e ambientais para a região. "Este é um projeto abrangente, que vai além do turismo. Envolve ciência, geologia, e educação. Ele promove a regionalização e integração dos 16 municípios envolvidos, estando no mesmo nível de outras certificações da UNESCO, como Patrimônio Mundial Natural e Reservas da Biosfera", afirmou o secretário.
O projeto de estabelecimento do Geoparque no litoral norte e leste do estado foi inicialmente proposto em 2010 e ganhou força no ano seguinte. A área em consideração se estende de Maricá a São Francisco de Itabapoana, cobrindo um perímetro que abrange 16 municípios. O Geoparque proposto inclui uma rica diversidade de atrativos naturais e culturais, com importância científica, didático-pedagógica, turística, histórica, pré-histórica e ecológica.
Para ser reconhecido como Geoparque Mundial da UNESCO, a área deve possuir sítios e paisagens de importância geológica internacional, além de promover proteção, educação, pesquisa e desenvolvimento sustentável. "Nosso objetivo é trabalhar com a cultura e a identidade do território para oferecer uma experiência única que só pode ser vivida em determinado local", destacou Arthur Sá.
O reconhecimento como Geoparque Mundial da UNESCO colocaria Quissamã e os demais municípios em um grupo de destinos turísticos e científicos de renome internacional, potencialmente transformando a região em um polo de sustentabilidade e de valorização do patrimônio natural e cultural.
Outras áreas de Quissamã que também estão no contexto do geoparque são o Museu Casa Quissamã e a CasaMatodePipa.