Vereador Marciel Gonçalves do Nascimento, em uma sessão legislativa, apresentou alegações de um suposto esquema financeiro orquestrado para assegurar a renúncia do prefeitoFoto: Reprodução de Vídeo
Esquema Milionário: Denunciada tentativa de compra de renúncia de Marcelino e Vice
Vereador expõe suposto plano para renúncia de prefeito e vice em troca de benefícios
Rio das Ostras - No município de Rio das Ostras, uma denúncia envolvendo altas esferas do poder local tomou a atenção do cenário político. O vereador Marciel Gonçalves do Nascimento, em uma sessão legislativa, apresentou alegações de um suposto esquema financeiro orquestrado para assegurar a renúncia do prefeito Marcelino e seu vice, beneficiando Maurício BM na corrida eleitoral.
Segundo Marciel, comunicações recebidas via celular sugerem que empresários locais teriam oferecido R$ 7 milhões para comprar a renúncia dos citados políticos. Este valor corresponderia ao montante previamente reportado como desviado em um caso de superfaturamento de obras públicas, conforme denúncias veiculadas pelo Jornal O DIA.
O Jornal O DIA havia publicado, no início do ano, relatos de Uilson Alves, servidor municipal, denunciando irregularidades financeiras que somavam R$ 7 milhões em licitações da Prefeitura de Rio das Ostras. Além de acusar superfaturamentos, Alves mencionou a falta de licenças ambientais em projetos e questionamentos quanto à nomeação de fiscais.
Na peça de acusação, destaca-se a ligação entre o Secretário Municipal de Obras, Daniel Martins Gomes, e Mauricio BM, presidente da Câmara. Gomes, antes subsecretário de obras, foi apontado como indicado por Marcelino para sucedê-lo na prefeitura. Documentos revelam que, apesar dos apelos por providências por parte dos Conselheiros do CMPOP, nenhuma ação foi tomada para mitigar potenciais prejuízos ao erário.
Em contrapartida, pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas indica Carlos Augusto Balthazar liderando as intenções de voto com 53,1%, contrastando com os 16% atribuídos a Maurício BM, sugerindo uma tentativa de mudança no cenário político diante de uma provável derrota eleitoral.
O episódio adiciona complexidade ao quadro político de Rio das Ostras, colocando em cheque a integridade do processo eleitoral e reforçando a necessidade de vigilância e transparência nas esferas de poder local.
Diante das denúncias apresentadas na matéria, a equipe de reportagem buscou esclarecimentos junto à assessoria da Câmara de Rio das Ostras. No entanto, até o momento da publicação nenhuma resposta foi enviada sobre os questionamentos feitos. A falta de retorno dificulta a obtenção de informações completas e transparentes sobre os assuntos em questão. A equipe permanece à disposição para receber posicionamentos e esclarecimentos que possam contribuir para uma cobertura jornalística mais abrangente e precisa.
A Secretaria Municipal de Comunicação Social, disse que a Prefeitura de Rio das Ostras, por meio da Secretaria de Manutenção de Infraestrutura Urbana e Obras Públicas, vem esclarecer que é fundamental destacar que a denúncia feita pelo referido Servidor Público sobre um suposto faturamento de R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais) é fantasiosa e ardilosa, uma vez que o superfaturamento só pode ocorrer quando há pagamento indevido. Isso se torna impossível neste caso, visto que, na época da denúncia, o contrato mencionado havia pago apenas cerca de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
Neste contexto, a mencionada denúncia baseia-se em meras SUPOSIÇÕES e é absolutamente especulativa. Fica evidente que o uso da palavra ‘superfaturamento’ demonstra a intenção do denunciante de constranger os gestores, por meio de ataques incoerentes. Este servidor, de forma reiterada em anos eleitorais, utiliza-se desse artifício, possivelmente visando obter vantagens para o grupo político ao qual é simpático, como exemplificado na denúncia feita em 2020 no TCE/RJ, também em um ano eleitoral, sob o número 225.357-2/2020, cuja improcedência foi comprovada posteriormente.
Outro ponto relevante que evidencia o ardil do servidor denunciante é que ele tem conhecimento de que a servidora mencionada na denúncia é concursada como técnica de edificações, graduada em engenharia civil e possui registro no CREA/RJ.
Por fim, a Secretaria de Obras reafirma seu compromisso com a legalidade e a utilização de boas práticas técnicas, garantindo que, sempre que necessário, serão realizados os ajustes devidos em todos os contratos, em estrita conformidade com a lei, o que não será diferente neste caso.
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