De acordo com a denúncia, o pai de Bryan, Christian Lopes de Camargo dirigia o carro onde o menino estava. No incidente, ele alega que precisou frear bruscamente, porque um carro avançou o sinal vermelho no cruzamento. Sergio Ramos, que vinha atrás, emparelhou o carro, reclamou da freada e atirou contra a família.
Um dos disparos acertou Bryan. O projétil transpassou seu tórax e chegou a atingir sua irmã de raspão na perna. A mãe e a tia do menino, que também estavam no carro, não se feriram.
“Trata-se de crimes monstruosos, de perversidade ímpar e de hediondez gritante, cometidos por motivo absolutamente fútil (uma mera freada repentina no trânsito), que culminaram na ocisão da vida de uma criança de apenas seis anos de idade e na ofensa à integridade física de outra, de dois anos, que teve muita sorte de não morrer também, e que chocaram, pela brutalidade e pelas consequências avassaladoras na vida de uma família”, descreve a ação penal.
Sérgio Ramos responderá por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima), com dolo eventual, já que ao atirar no carro ele assumiu o risco de matar o menino.