No local, foi encontrado apenas um imóvel com oito máquinas caça-níqueisDivulgação

Rio – Policiais da Corregedoria Geral da PM e da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e (GSD 'C') interditaram um bingo clandestino em pleno funcionamento, em Brás de Pina, Zona Norte, na noite desta quarta-feira (7). De acordo com informações, uma reunião de contraventores estaria acontecendo no local. A ação aconteceu após informações do Disque Denúncia.

Segundo as informações, um dos participantes da possível reunião era Marcelo Simões Mesqueu, conhecido como 'Cupim'. Ele está foragido da Polícia Federal (PF) após ser um dos alvos da operação "Fim da Linha", deflagrada no dia 29 do mês passado.

A estrutura que abrigava o bingo fica na Rua Maestro Henrique Vogeler. Ali, os policiais verificaram que havia apenas um imóvel, onde foram encontradas, nos fundos, oito máquinas caça-níqueis. Os agentes também abordaram pessoas próximas aos estabelecimentos, mas nenhum dos suspeitos foram identificados.

O responsável que estava trabalhando no local foi conduzido à 38ª DP (Brás de Pina). Na delegacia, foi estabelecido que o responsável pelo bingo ficaria como fiel depositário das máquinas que foram apreendidas no local.

A população pode denunciar bingos clandestinos através dos seguintes canais, de forma anônima: pelos telefones 021 2253 1177, 0300 253 1177, pelo WhatsApp 021  99973 1177, ou pelo aplicativo do Disque Denúncia.

Operação Fim da Linha

Deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a Operação Fim da Linha atuava para desarticular a máfia do jogo do bicho e seu principal objetivo era prender Bernardo Bello, ex-presidente da unidos de Vila Isabel e considerado um dos principais contraventores do Rio, apontado como um dos chefes da contravenção. Foram cumpridos 10 dos 26 mandados de prisão. Bello não foi encontrado.

A investigação foi instaurada para apurar, inicialmente, crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar, após notícia crime sobre bingo clandestino que funcionaria em Copacabana com a permissão de policiais militares.

No curso dos trabalhos, os agentes identificaram o responsável por confeccionar as cartelas para diversos estabelecimentos ilegais explorados por várias organizações criminosas no Rio de Janeiro, inclusive o bingo de Copacabana. Essas organizações, para viabilizar, potencializar e assegurar as vantagens financeiras, utilizam de diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos, corrompiam agentes públicos e valiam-se de violência para a conquista de território.

A ação foi realizada pelo Gaeco, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), do Grupo Especial de Investigações Sensíveis, Gise, da Polícia Federal, e do Gaeco de Santa Catarina.