Mario Yang, de 46 anos, é o principal suspeito de matar a companheira Daniele Lyra Nattrodt Barros, de 38 anosReprodução

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) expediu um mandado de prisão preventiva contra Mário Raposo Yang, de 46 anos, principal suspeito de matar e esquartejar o corpo da companheira Daniele Lyra Nattrodt Barros, 38, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. O cadáver da vítima foi encontrado na quinta-feira (8), em um estacionamento de supermercado na região de Bonsucesso, dentro do carro de Mário.
Imagens de câmera de segurança do estabelecimento, obtidas pela DHC, mostram Mário deixando o estacionamento no início da manhã de quarta-feira (7). O vídeo ajudou a Polícia Civil a identificar o principal suspeito.
Segundo informações, os dois mantinham um relacionamento conturbado por conta de ciúmes do suspeito. Mário já é considerado foragido da Justiça e é procurado pela Polícia Civil. As investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que realiza diligências para localizar o suspeito. Testemunhas já foram ouvidas e o veículo onde o cadáver foi encontrado passou por perícia.
O enterro de Daniele será às 11h30 deste sábado (10), no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, Zona Oeste do Rio.
Mais um caso de feminicídio
Nesta sexta-feira (9), mais uma mulher foi vítima de feminicídio. A mulher, sem identificação até o momento, foi morta a facadas dentro de sua residência, em Saracuruna, bairro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O principal suspeito é o companheiro da vítima.
Segundo a Polícia Militar, equipes do 15º BPM (Duque de Caxias) foram acionados para atender uma ocorrência de homicídio dentro de uma casa na Rua Alameda Treze de Maio. No local, os policiais constaram o fato, isolaram a área e acionaram a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
De acordo com a PM, o principal suspeito é o companheiro da vítima que não foi encontrado no local. Os policiais seguem em busca de seu paradeiro. Informações preliminares apontam que o crime aconteceu na frente dos filhos.
Dados
Segundo o Departamento de Informações Gerenciais (DEIGE) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), 62 mulheres já foram mortas até o mês de outubro deste ano, data do último levantamento. O mês de janeiro foi o que apresentou o maior número: 11.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, nos últimos 6 anos, 972 mulheres foram baleadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 430 foram vítimas de bala perdida e 329 morreram durante ações policiais.