Matheus Fernandes, de 27, e Beto Aquino, de 60, mantinham um relacionamento amorosoReprodução redes sociais

Rio - A Justiça do Rio expediu, nesta sexta-feira (9), o mandado de prisão preventiva contra Matheus Fernandes Andrade, de 27 anos. O técnico de enfermagem é suspeito de furtar pertences de Roberto de Aquino Leite, o Beto Aquino, 60, com quem mantinha um relacionamento. O compositor morreu vítima de um infarto e teve seu corpo encontrado em casa, em Copacabana, na última segunda.
O mandado de prisão atende a pedido feito pela 12ª DP (Copacabana) que investiga o caso. Matheus já é considerado foragido pelo crime de furto qualificado por abuso de confiança, fraude e omissão de socorro. Matheus teria se aproveitado da situação para levar joias, relógios, carteira e o telefone do compositor. Material é avaliado em cerca de R$ 500 mil.
"Com base em todo o material que recolhemos, não resta dúvida de que praticou o crime após a morte da vítima por infarto. Representamos hoje cedo e ele já é considerado foragido", disse o delegado André Leiras, titular da 12ª DP.
Durante as investigações, os agentes obtiveram imagens de câmeras de segurança que comprovam a movimentação de Matheus saindo do imóvel às pressas. O técnico de enfermagem passou pela portaria do prédio no fim da noite do último domingo, após às 23h, com uma mala, mochila e também uma bolsa. O porteiro do local também viu a movimentação.
As informações obtidas pelos investigadores indicam que Matheus foi a última pessoa a ter contato com o compositor. Segundo os agentes, o técnico tinha a chave do imóvel, por isso não tinha problemas para entrar e sair do apartamento.
A nora de Beto Aquino, que encontrou o corpo dele, na tarde de segunda, foi quem deu falta dos pertences no apartamento. Em conversa com a polícia, ela teria dito que a porta do imóvel estava aberta e que não encontrou joias, o celular e também a carteira do músico. Parte desses itens costumava ficar na pia do banheiro do compositor portelense. Fernandes tinha a chave do imóvel, o que teria facilitado a sua entrada e saída do apartamento.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatou que Beto morreu vítima de um infarto. A perícia da Polícia Civil também não identificou nenhum indício de arrombamento no imóvel, o que reforça a tese de que o autor do crime tinha acesso ao imóvel, assim como Matheus.
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O portelense foi velado e cremado, na última quarta-feira (7), no Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Portuária do Rio. A cerimônia de despedida contou com a participação de colegas sambistas, amigos e familiares do compositor.