Mônica Valente, de 52 anos, afirma ter sido agredida no rosto por policiais militares do 14º BPM (Bangu)Divulgação

Rio - As polícias Militar e Civil investigam a conduta de uma equipe policial do 14º BPM (Bangu) que teria invadido e agredido uma moradora da Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste do Rio, na terça-feira (14). Segundo a Mônica Valente, de 52 anos, os PMs entraram sem permissão em sua residência para armar uma emboscada para traficantes da comunidade. No entanto, a dona de casa não aceitou ter a sua residência usada para fazer incursões policiais e, bastante nervosa, pediu para que os policiais se retirassem.
Foi então que ela foi agredida com um tapa no rosto por um dos policiais. Indignada com a situação, Mônica tentou filmar a discussão e levou outro tapa na mão. Por conta das agressões, o nariz dela teve sangramento. Mônica continuou gritando e pedindo para que os policiais se retirassem. Depois de algumas tentativas sem sucesso, os agentes do 14º BPM (Bangu) se retiraram da casa.
Dentro da residência estavam Mônica, sua filha e seus netos. A família está bem assustada e revoltada com a situação. O caso foi registrado na 34ª DP (Bangu). Mônica foi ouvida e encaminhada para exame de corpo de delito. O procedimento será encaminhado à Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que ficará responsável pelas investigações.
Outros moradores também denunciaram anonimamente que a situação de abuso de poder policial é frequente na comunidade. "Familiares e vizinhos estão indignados com essa situação que é corriqueira aqui dentro da nossa comunidade, se já não bastasse as filmagens de policiais furtando outro morador nosso em outra ocasião"; "Até quando isso vai acontecer? Eu já fui espancada por esses covardes dentro de minha casa há mais de dez anos, até hoje sinto dores fora o terror psicológico", desabafou uma outra moradora.
O que diz a Polícia Militar 
A Polícia Militar informou que o 14ºBPM (Bangu) localizou a equipe policial possivelmente envolvida e iniciou a oitiva prévia dos policiais. Um procedimento apuratório interno também foi instaurado. Por meio de nota, a PM ressaltou ainda que a "Corporação não compactua com desvios de conduta praticados por seus integrantes".
Questionada sobre o tipo de ação era realizada pela equipe policial na comunidade, a PM ainda não respondeu.