Projeto já capacitou aproximadamente 96 mil mulheresDivulgação
Os mais de 130 profissionais do Empoderadas ministram palestras, alertando para os sinais que antecedem às agressões. Trabalham, assim, desde a inteligência emocional aos sistemas de autodefesa, abordando técnicas especiais para resgatar a dignidade, os direitos humanos e a autoestima feminina.
Para quebrar o ciclo de violência, o projeto promove também a conscientização dos direitos das mulheres, divulgando leis voltadas à proteção, e o atendimento psicológico, que se estende aos filhos das alunas. Já para conferir autonomia, são ofertados cursos de capacitação e qualificação profissional, além da reiteração aos estudos.
Sob a organização da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, o polo da escola de samba será coordenado pela professora e lutadora de jiu-jitsu Monique Bispo. "As mulheres, após a introdução das aulas, começam a mudar seu posicionamento sobre certas atitudes que antes eram vistas como normais, seja no ambiente doméstico ou de trabalho. Vejo essa influência se refletir na criação de seus filhos. Para mim elas renascem como mulher, e principalmente como ser humano quando começam a entender os seus direitos. E principalmente, que não estão sozinhas", salientou a professora, que também coordena o programa em outros polos, como Nova Iguaçu, Belford Roxo e São João de Meriti.
Quem tiver interesse em participar, deverá buscar pelo projeto Empoderadas no Instagram, onde há um link na descrição com as informações de cadastro. Recomenda-se escolher o local mais próximo de casa. Quem quiser fazer parte do polo da Beija-flor, basta selecionar "Beija Flor de Nilópolis".
A escola desfila no próximo ano embalada por um enredo que denuncia mitos e símbolos que, implementados ainda hoje, justificariam tais violências.
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