Tomás Grisotto, turista argentino, afirmou que está animado para seu primeiro Réveillon na cidade com a famíliaPedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - Após dois anos sob rígidas restrições por causa da pandemia do coronavírus, a volta do Réveillon de Copacabana, na Zona Sul da Cidade, anima cariocas e turistas. A segurança, porém, é motivo de preocupação para a maioria da população. Nesta segunda-feira (26), a estrutura do palco principal, em frente ao Copacabana Palace - que contará com diversas atrações - já estava quase pronta.

Em conversa com o DIA, o argentino Tómas Grisotto, de 23 anos, contou que vai ser a primeira vez que vai passar o Réveillon na cidade e não escondeu a animação. "Eu vou querer curtir a praia, escutar as músicas, aproveitar com a minha família", disse.
Tomás relatou que quando veio para o Rio, foi orientado a ter cuidado com a segurança. Apesar disso, ele explicou que isso não o assustou. Já Carina Paula de Oliveira, de 26 anos, afirmou que está morando em Copacabana há três meses e que se passar a virada do ano no bairro, vai tomar cuidado. "Não vou levar o celular. Vou levar só a minha identidade e um dinheirinho porque estou preocupada", revelou.
A insegurança é um sentimento compartilhado por Renato de Oliveira, de 56 anos, que pontuou que também não vai levar o celular e o relógio para a festa na praia de Copacabana, apesar de estar bastante animado com a queima de fogos. "Vai ficar fotografado só na mente. A gente nunca sabe se vai ter arrastão", disse.
Neusa de Oliveira, de 56 anos, mulher de Renato, explicou que é a primeira vez que o casal vem para o Rio de Janeiro e contou que a filha dos dois mora na cidade há oito anos mas só agora surgiu a oportunidade de visitar a região. "Meu sonho é ver os fogos de Copacabana", disse.
O retorno do Réveillon pós isolamento social animou Evelyn Silva, de 20 anos, que veio de Salvador, na Bahia, para curtir o fim de ano na cidade maravilhosa. "A expectativa agora só aumenta porque ano passado a gente passou mais com a família, uma festa mais privativa, e agora a gente veio curtir fora de época de pandemia", pontuou.
O clima instável no Rio também é motivo de preocupação. Clara Torma, de 27 anos, relatou que o tempo está bastante nublado nessas últimas semanas e torce para que isso mude. "Espero que no dia 31 tenha um Sol, um tempo mais aberto e que a virada venha sem chuva e com muito calor", contou.
Para o próximo ano, Clara se diz esperançosa. "Uma grande expectativa que as coisas possam ser um pouco melhores e mais justas para mais gente. Então, feliz e com esperança de dias melhores", finalizou.
Prefeitura mostra esquema operacional do Réveillon 2023 no Rio
Nesta segunda-feira (26), durante uma coletiva de imprensa, a Prefeitura do Rio apresentou o esquema operacional do Réveillon 2023 na cidade. Em Copacabana, a segurança será redobrada com 30 torres da Polícia Militar e com bases de órgãos públicos, como a Guarda Municipal e a Secretaria de Ordem Pública (Seop), com 12 contêineres em frente à Escola Municipal Cicero Pena e uma Central de monitoramento de câmeras.
A expectativa de Ronnie Costa, presidente da Riotur, é que 2 milhões de pessoas passem a virada na praia. Segundo ele, a cidade consegue fazer o maior Réveillon do mundo não só em Copacabana, mas em toda a região.
A festa ocorrerá em 10 pontos da cidade, sendo eles: Flamengo, Ilha do Governador, Madureira, Paquetá, Guaratiba, Penha, Ramos, Sepetiba, Barra da Tijuca e Recreio (com auxílio de hotéis) e Copacabana.