Rio registra 1.323 casos de varíola dos macacosreprodução

Rio – A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que, até esta segunda-feira (26), foram confirmados 1.323 casos de varíola dos macacos (monkeypox) no estado do Rio de Janeiro. Isso representa mais 11 pessoas do sexo masculino com a doença desde 16 de dezembro, todas localizadas na Região Metropolitana I. Outros 323 seguem sob investigação e 149 pacientes são tratados como casos prováveis, ou seja, o exame ainda não está concluído ou ainda não foi coletado. No estado, 3.123 casos já foram descartados.

O Rio tem um total de 4.918 casos notificados e cinco óbitos desde o início do surto da doença, em julho deste ano. Das seis pessoas em tratamento com Tecovirimat, cinco estão com o procedimento concluído. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS-RJ) e foram atualizados às 15h18.

Com a atualização desta segunda-feira, a Região Metropolitana I totaliza 1.116 pacientes infectados. Também foram registrados 140 na Região Metropolitana II, 17 na Baixada Litorânea, 11 no Médio Paraíba, sete na Região Serrana, seis no Norte Fluminense, três na Baía de Ilha Grande, dois no Noroeste do Estado do Rio, um no Centro Sul, um não informado e 19 que residem em outro estado.
Do total de pacientes infectados pela doença, 1.212 são homens, correspondendo a 91,6%. Além disso, são 930 casos em pessoas entre 20 e 39 anos. A principal forma de contágio da doença permanece sendo o contato sexual, representando 35,68% dos casos.
As erupções cutâneas e a febre ainda são os principais sinais da doença. No estado, 1.120 casos apresentaram as feridas como sintoma, ao passo que 755 pessoas se queixaram de febre.

OMS prevê que fim das emergências de covid-19 e varíola dos macacos deve acontecer em 2023
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, em 14 de dezembro, esperar que a Covid-19 e a varíola dos macacos deixem de ser emergências de saúde pública em 2023. A previsão considera que ambas as doenças deixaram para trás as fases mais perigosas.
Há quase três anos do surgimento do novo coronavírus, a OMS assinalou à época que a Covid veio para ficar, mas que deve ser gerenciada em conjunto com outras doenças respiratórias. O diretor da organização Tedros Adhanom Ghebreyesus falou sobre o número de óbitos pela doença na  semana anterior.
"Na semana passada, menos de 10 mil pessoas morreram. Ainda são 10 mil mortes a mais, e os países ainda podem fazer muito para salvar vidas", declarou, em coletiva de imprensa. "Mas, percorremos um longo caminho. Temos esperança de que, em algum momento no próximo ano, possamos dizer que a Covid-19 não é mais uma emergência de saúde global."
Ghebreyesus acrescentou que o comitê de emergência da OMS, que o assessora em suas declarações de emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC, sigla em inglês), começará a discutir em janeiro como será o fim desta fase.
Maria van Kerkhove, que lidera a parte técnica da gestão do coronavírus na organização, explicou que o comitê irá analisar a epidemiologia, as variantes e o impacto do vírus. Embora ainda se esperem ondas de contágios, a pandemia "não é o que era no começo", e as infecções já não geram tantas internações ou mortes, apontou.
"Essas mortes acontecem, em sua maioria, entre pessoas que não foram vacinadas ou não receberam o esquema de imunização completo", ressaltou Kerkhove. Ela falou ainda que, embora 13 bilhões de vacinas tenham sido aplicadas no mundo, cerca de 30% da população ainda não tinha recebido nenhuma dose.