Cerca de 200 coletores compareceram ao eventoDivulgação

Rio – A Plastic Bank promoveu, na última quinta-feira (22), uma ação social e entregou mais de 300 cestas básicas a coletores de resíduos no Ecco Ponto, em Barros Filho, na Zona Norte do Rio. O evento, que atraiu cerca de 200 interessados ao local, ainda ofereceu serviços de emissão grátis de documentos, como certidões de nascimento e casamento, além de cortes de cabelo, medição de pressão e de glicemia e atendimento social.
A Plastic Bank é uma empresa social canadense e tem como metas impedir que o plástico polua os oceanos e melhorar a qualidade de vida em comunidades costeiras. A companhia utiliza tecnologia blockchain para incentivar e rastrear a cadeia de reciclagem do material, pagando bônus aos coletores por volume entregue em pontos de coleta e gerando tokens que são revertidos em benefícios extras, como o auxílio alimentação.
“Nos estudos realizados por assistentes sociais, coletores do Rio que estão associados à Plastic Bank reforçaram a necessidade de melhoria nas condições de alimentação. Por isso, decidimos começar o programa com este foco e chamamos uma ONG para nos auxiliar com o conteúdo das cestas básicas, de forma a melhor atender aos coletores. Nosso trabalho é desenvolvido para incrementar a renda dos membros e melhorar as condições de vida deles e de suas famílias” explica a Diretora Geral da Plastic Bank no Brasil, Helena Pavese.
A coletora Rosicleide dos Santos, que esteve na ação social, destaca. “Eu tenho três filhos, sou ajudante de cozinha e trabalho com reciclagem há dois anos, porque me ajuda a complementar a minha renda e o sustento da minha família. Uma ação como essa é uma bênção, no final do ano precisamos muito de ajuda para comprar o leite das crianças e ter um fim de ano mais alegre”.
Na blockchain usada pela Plastic Bank, são registradas todas as trocas feitas ao longo da reciclagem do plástico, o que permite que o processo seja rastreável, garante a receita e verifica os relatórios em tempo real. O material coletado é reprocessado em uma matéria-prima denominada Plástico Social, para reutilização em novos produtos e embalagens.
No Brasil, o trabalho da empresa já ajudou a impedir a entrada de mais de 176 milhões de PETs no oceano, o equivalente a mais de 3,5 milhões de quilos de plástico. A organização opera em pontos no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Espírito Santo. Um deles, na comunidade da Rocinha, teve 117 cestas básicas distribuídas em novembro deste ano.
Ao redor do mundo, membros da Plastic Bank já coletaram mais de 3,5 bilhões de PETs, ou seja, mais de 70 milhões de quilos de plástico. Além do Brasil, a empresa atua nas Filipinas, no Egito e na Indonésia, construindo ecossistemas éticos de reciclagem para reintroduzir o material na cadeia de fornecimento para manufatura. A companhia apoia pontos de coleta localizados numa distância de até 50 quilômetros do oceano.